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Terça-feira, 19 de março de 2024

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DECISÃO POLÍTICA

Engenheiro rebate Silval e nega ter elaborado estudo mostrando viabilidade do VLT

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Engenheiro rebate Silval e nega ter elaborado estudo mostrando viabilidade do VLT
O ex-governador Silval Barbosa (sem partido) questionou o fato de o assessor de mobilidade urbana da Secretaria estadual de Logística e Infraestrutura (Sinfra), Rafael Detoni, ter trabalhado ativamente no estudo que levou o Governo estadual a trocar o projeto do VLT. Segundo o político, responsável pela escolha do modal em 2011, o engenheiro de trânsito, como ex-assessor da extinta Secopa, foi um dos responsáveis pelos pareceres que mostraram a viabilidade de trazer os trilhos.

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“Todas as decisões que tomei, foram baseados em estudos que ele participou. Todos os pareceres enviados ao Ministério das Cidades para a viabilidade do VLT, foi ele e o Marcelo de Oliveira que assinaram”, declarou, durante participação na Rádio Conti, nesta sexta-feira (15).

Até 2011, Mato Grosso se preparava para ser um das sub-sedes da Copa do Mundo de 2014, tendo o BRT como modal de transporte. Isso, no entanto, mudou após pressão política, e uma viagem de Silval à Europa. Agora, após anos de obra inacabada, o governador Mauro Mendes (DEM) decidiu, tendo como base um novo estudo técnico, abandonar o VLT e retomar o projeto inicial.

Silval ainda questionou o que teria mudado para Detoni ter orientado Mauro sobre a inviabilidade do VLT. “Estou estranhando, pois na época eles me deram dados dizendo que a viabilidade do VLT era muito grande. Não era essa tarifa que apresentam hoje. Foi com esses dados que tomei a decisão. Agora, ele está assessorando para a mudança de modal? Eu muito me estranho isso”.

Detoni rebate

O engenheiro, no entanto, nega que tenha feito qualquer estudo econômico e financeiro, apontando que o VLT era o melhor para Cuiabá e Várzea Grande. Servidor municipal emprestado ao Estado, ele afirma que a decisão é sempre política.

Detoni explica que quando Silval decidiu implantar o VLT, o projeto do BRT já estava 75% concluído. “Quando ele decidiu, em função do financiamento com a Caixa Econômica Federal, ele teve que comunicar o Governo federal, que encaminhou algumas perguntas para o estado. Eu respondi as perguntas que diziam respeito ao perfil da mobilidade urbana de Cuiabá e Várzea Grande, como quantos passageiros eram transportados por dia, por exemplo”.

O assessor ainda conta que chegou a ser chamado para uma reunião com o ex-secretário da Agecopa (agência criada para cuidar das obras da Copa que depois foi substituída pela Secopa), Éder Moraes, que comunicou a decisão de tocar o VLT. O estudo financeiro foi elaborado por uma empresa portuguesa, chamada FerConsult.

“Minha participação no projeto VLT, foi apenas adaptar a inserção de uma operação ferroviária num projeto que era rodoviário. Assinei o anteprojeto e o termo de referência, que culminou na contratação da obra, mas não produzi nenhum documento dizendo que o VLT era mais viável”, reforçou.

Após passar pela Gestão Pedro Taques (Solidariedade), ele foi convidado a assessorar o secretário Marcelo de Oliveira nos estudos para trazer uma solução ao VLT. Dessa vez, segundo Detoni, ele participou ativamente de todos os processos.

“O governador, de forma muito sensata, pediu que levantássemos todos os aspectos (econômico, jurídico e de engenharia de transportes) para tomar a decisão de continuar o VLT ou substituo pro BRT. Participei ativamente de todos os estudos, junto com a PGE, Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, Ministério do Desenvolvimento Regional e Caixa Econômica”, pontuou.

Por fim, o engenheiro garante que não é defensor de nenhum modal, mas que é contratado para realizar, tecnicamente, as obras que são decididas pelo chefe do Executivo municipal.

Além do grupo coordenado por Detoni, a decisão do governador pela substituição levou em conta estudos técnicos elaborados pelo Grupo Técnico criado na Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana. Os estudos concluíram que a continuidade das obras do VLT era “insustentável”, demoraria até seis anos para conclusão, custosa aos cofres públicos, com pouca vantagem à população e ainda contaria com uma tarifa muito alta.
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