O agora ex-presidente do Indea Marcos Catão Dornelas Vilaça, que foi denunciado por uma ex-servidora de assédio sexual, pediu exoneração da presidência do órgão nesta segunda-feira (18). Ele, no entanto, continua como servidor efetivo. A informação foi confirmada pelo advogado de Catão, Francisco Faiad.
Segundo Faiad, Catão já tinha tomado essa decisão, mas, como estava em viagem, esperou chegar a Cuiabá para pedir sua exoneração no Governo do Estado. Agora, ele responderá a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).
Catão se manifestou por meio de nota:
Para evitar maiores desgastes à instituição ao qual presto serviços há 27 anos, solicitei nesta segunda-feira (18.01) meu afastamento da presidência do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (INDEA-MT).
Dedicarei meus esforços em construir minha defesa e provar minha inocência em relação a esta situação levantada contra mim.
Confio nos órgãos de investigação e na Justiça, que certamente vão apurar e julgar os fatos de forma independente e imparcial.
O caso
Uma servidora do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) acusou o presidente do órgão, Marcos Catão Dornelas Vilaca de assédio sexual. O caso aconteceu em novembro, mas só foi divulgado nesta semana. Segundo informações do boletim de ocorrência, ela pediu exoneração do cargo após o episódio sofrido.
O boletim de ocorrência foi registrado em novembro. Conforme relata no documento, a vítima trabalhava com o presidente, sendo necessário entrar diversas vezes em sua sala para servir café, mostrar o cardápio e outras atividades alheias. O assédio sexual aconteceu em um dos dias em que ela precisou entrar na sala para repor as garrafas d’água, quando ele passou a dar investidas verbais, realizando também ato obsceno.
Mesmo com a situação, a vítima foi trabalhar no dia seguinte, mas só tomou coragem para fazer uma denúncia após relatar ao seu pai o que aconteceu. Ele também a encorajou para pedir desligamento do Indea, como incentivou o registro do boletim de ocorrência para evitar que outras mulheres passassem pela mesma situação que ela.
Indignação
Após as denúncias, o governador Mauro Mendes (DEM) e o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Cesar Miranda, afirmaram que não poderiam exonerar o presidente antes que houvesse uma investigação.
Na manhã desta segunda-feira (18), um grupo realizou uma manifestação silenciosa em frente ao Palácio Paiaguás pedindo a exoneração do presidente. Para esta tarde, ficou agendada uma reunião sobre o assunto com o secretário da Casa Civil, Mauro Carvalho.
*Atualizada às 15h19.
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