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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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vingança em VG

Travesti alega que matou homem a pauladas para vingar tentativa de estupro a adolescente

Foto: Reprodução

Delegado Caio Fernando da DHPP

Delegado Caio Fernando da DHPP

Presa na noite de segunda-feira (18), a travesti Camylly Hendny Santana Cruz, 30 anos, confessou que matou José Alves Ribeiro, 50, por vingança ao estupro que ele teria tentado cometer contra sua sobrinha, de 14 anos. O mandado de prisão contra ela foi cumprido no Residencial José Carlos Guimarães, em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá).


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Em entrevista exclusiva ao Olhar Direto, o delegado Caio Fernando da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o caso, disse que José foi morto a pauladas e golpes de faca. A madeira usada no homicídio tinha, inclusive, um prego na ponta.
 
“Em um dia ela foi com sua sobrinha de 14 anos na casa da vítima, para beber cerveja e ela saiu para comprar droga. A sobrinha ficou com a vítima [do homicídio] e enquanto ela estava na sua casa consumindo entorpecente, a sobrinha chegou correndo, pedindo ajuda e dizendo que a vítima teria tentado violentá-la sexualmente. Embora não tenha tido conjunção carnal, a vítima teria mostrado o órgão genital, tentado ter relação sexual”, afirmou o delegado, de acordo com informações do depoimento de Camylly, que ocorreu há cerca de dez dias.
 
Depois da acusação de tentativa de estupro, Camylly teria retornado até a residência de José. Na ocasião, ele negou o crime, mas a travesti teria dito que “resolveria a situação”. Foram três meses desde a denúncia de abuso até a morte de José, que ocorreu no dia 25 de dezembro de 2020 no bairro Jardim Glória. O homem foi encontrado morto na própria cama. 
 
“A travesti disse que se aproximou de forma mais íntima da vítima para matar, que ela não nutria nenhum tipo de sentimento amoroso pela vítima, que as relações intimas se davam a troco de dinheiro e também porque ela esperava o momento mais oportuno para matá-lo por conta do que a sobrinha havia sofrido”, acrescentou o delegado.
 
No depoimento, Camylly também teria dito que sabia o que era ser abusada, pois quando tinha 15 anos, foi vítima de estupro coletivo supostamente cometido por quatro pessoas.
 
Nas investigações, a sobrinha também chegou a ser ouvida. “Ela foi bastante firme no sentido de que o tio [ de nome social Camylly] contou a verdade quanto a motivação. Que ela teve medo, que a vítima tentou violentá-la. E que o tio disse que resolveria o problema”. 
 
Mesmo sem provas materiais, o delegado assevera que há muitos indícios de que a morte de José foi motivada pela tentativa de estupro contra a adolescente. “Crimes sexuais, basta olhar os manuais de Direito, a palavra da vítima é a que vale. Se você não acredita na palavra da pessoa, que está só ela e o agressor em quatro paredes, nenhum crime sexual vai ser esclarecido”, pontuou.
 
José não tinha histórico de abuso sexual. Camylly possuía passagens pelos crimes de furto e fazia uso de tornozeleira eletrônica. O inquérito policial deve ser finalizado em cerca de 10 dias.
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