O senador Carlos Fávaro nega que seu partido, o PSD, esteja na lista de siglas do Centrão que pressionam o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para derrubar o general Eduardo Pazuello do Ministério da Saúde. Nos bastidores, conforme a mídia nacional, o grupo tenta reaver o comando da pasta, que tem um dos maiores orçamentos da Esplanada dos Ministérios.

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Apesar de garantir que a legenda não queira a cabeça do general, Fávaro concorda que Pazuello corre riscos de perder o cargo, por conta das divergências com Bolsonaro. O ministro está na função desde maio de 2020, após dois ministros deixarem o governo, por não concordarem com a conduta do presidente durante a pandemia.

Efetivado em setembro, Pazuello teria deixado o presidente irritado por conta da derrota do Governo federal na queda de braço pelo início da vacinação contra a Covid-19. Além disso, após liberação das vacilas pela Anvisa, o general mudou o discurso e disse que o ministério nunca recomendou cloroquina ou outro medicamento, como tratamento precoce.  “Na minha visão, ele entra em divergência com o próprio presidente da República, e sabemos o que acontece com ministro que entra em divergência com ele”.

Apoio

Sobre apoio ao Governo Bolsonaro, Fávaro afirma que o fato de o PSD comandar o Ministério das Comunicações, com o deputado Fábio Faria, não significa estar na base. “O PSD tem ministro no governo, mas é uma escolha pessoal do presidente. O partido tem postura de independência e apoia o que considera importante para a população. Tem a independência para criticar quando achar necessário”.