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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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ECOCÍDIO

Cacique Raoni cita recordes de desmatamento em denuncia contra Bolsonaro em tribunal internacional

Foto: Reprodução

Cacique Raoni cita recordes de desmatamento em denuncia contra Bolsonaro em tribunal internacional
Os Caciques Raoni e Almir Suruí citaram recordes de desmatamento em uma denúncia feita contra o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), no Tribunal Penal Internacional (TPI), nesta sexta-feira. A denúncia foi representada pelo advogado francês William Bourdon, famoso por defender causas internacionais de direitos humanos. 


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Segundo o Ecoa, do portal de notícias Uol, que teve acesso ao documento, a denúncia apresenta os recordes de desmatamento com o governo Bolsonaro, como também o recorde de assassinatos de lideranças indígenas em 2019. O documento ainda descreve o desmoronamento das instituições responsáveis pela proteção do meio ambiente.

Para o advogado, o caso deve ajudar no reconhecimento de ecocídio - dano sério ao meio ambiente, causando danos à vida humana - entre os crimes julgados pelo TPI. “Os crimes pelos quais Bolsonaro é acusado provavelmente são qualificados como crimes contra a humanidade. No entanto, esses crimes contra a humanidade foram perpetrados em um contexto mais amplo de crime ambiental”, disse Bourdon ao Ecoa.

A denúncia dos caciques vai de encontro com um anúncio feito pela Procuradoria do TPI em setembro de 2016. Naquele mês, o órgão anunciou que iria dar prioridade aos casos de combate aos crimes ambientais. “Isto reforça nossa crença que os crimes denunciados podem ser crimes contra a humanidade”, pontua o advogado.

Da etnia caiapó, Raoni é conhecido internacionalmente por lutar pela preservação da Amazônia e pela causa indígena. Em janeiro de 2020, ele e outros indígenas lançaram uma carta em que citam, entre outras coisas, ameaças e falas de ódio promovidas pelo presidente Jair Bolsonaro.

Raoni Metuktire já foi recebido por autoridades de todo o mundo ao longo de sua militância em defesa dos povos tradicionais e das florestas brasileiras. Ele estava recolhido há alguns anos em sua aldeia, no Xingu, em Mato Grosso, mas voltou à ativa, aos 89 anos, diante das queimadas do ano passado e em protesto às políticas ambientais do governo Bolsonaro.

Com informações do Uol.
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