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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Professora sobrevive a quadro de morte encefálica causado por atropelamento na faixa de pedestres

Foto: Reprodução

Professora sobrevive a quadro de morte encefálica causado por atropelamento na faixa de pedestres
Há dez anos, a professora de História Aldaires Fonseca de Souza, 51, foi atropelada na faixa de pedestres da cidade de Barra do Garças (a 518 quilômetros de Cuiabá). Desacreditada pelos médicos, ela passou meses internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e teve sequelas irreversíveis por conta da perda de massa encefálica. 


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Adaires tinha passado em um concurso público na época do acidente e tinha uma carreira promissora pela frente. Mas os sonhos foram interrompidos. Depois do atropelamento, ela foi transferida com um quadro de morte encefálica para Cuiabá e ficou oito meses internada no antigo Pronto-Socorro (hoje Hospital de Referência para pacientes com Covid-19).



A filha, Ana Paula Fonseca tinha 15 anos quando recebeu uma ligação informando que sua mãe estava em coma. Ela e a irmã, à época com 17, largaram tudo e se dedicaram aos cuidados da mãe.

"Enquanto minha mãe estava em coma, eu e minha irmã ficavámos o tempo todo em pé na frente do hospital esperando os horários das visitas. A gente também pensava que se ficasse ali, mesmo que do lado de fora, minha mãe não iria sentir sozinha, e ia ter forças para acordar", lembra Ana Paula.

Foram dias de dor e sofrimento e todos os dias as filhas ouviam dos médicos que a mãe não iria resistir. “A gente se deparava com óbitos o tempo todo e sempre pensava que podia ser ela”, acrescenta.

Depois de quatro meses na UTI, as filhas foram informadas que Aldaires iria permanecer em estado vegetativo, caso sobrevivesse, por conta da perda de massa encefálica. “Fizemos uma corrente de oração e na semana seguinte, Deus operou um milagre. Ela recebeu alta na UTI para a enfermaria”, diz.

"Deus tirou ela do escuro, do silêncio, do isolamento. Ele olhou para sua morte e quis vida. Vi minha mãe perdendo a vida a cada anoitecer e a cada manhã renascendo”, comemora.

Mesmo após a alta do Pronto-Socorro, as filhas não puderam retornar para Barra do Garças por conta do tratamento da mãe na Capital. "Adiamos nossos sonhos para viver os dela, em um pulo deixamos de fazer o papel de filha para fazer o de mãe”, afirma a filha.
 
“A minha mãe é um milagre, sem exagero algum. Ela morreu para viver. Ela, que viveu os dias de trevas mais profundas, conheceu todas as tentativas de morte, seja ela do corpo físico, dos sonhos e reputação. E Deus, ele continua anulando os diagnósticos todos os dias. Ela é escolhida porque nem todos são poupados da morte”.

Atualmente, as filhas se revezam nos cuidados com a mãe, que vive sob internação domiciliar (home care). Ela não consegue andar, nem se comunicar e a alimentação é feita através de uma sonda. Apesar disso, ano passado, ela deu alguns sinais de que consegue entender as perguntas das filhas. 

"Ser filha de uma mãe acamada é uma mistura de sentimentos, de obrigações, responsabilidades, dedicação, paciência e acima de tudo um amor incondicional”, conta. “É abrir mão dos seus sonhos, sua carreira, se entregar totalmente e sentir feliz por isso". 

"Hoje, depois de 10 anos que se passaram, só temos que agradecer por tantos milagres, pela equipe médica e todos os profissionais da saúde que acompanham o seu tratamento diário de reabilitação”.

“Sobre a moça que atropelou e não deu assistência, a justiça divina e humana está cuidando”, finalizou.
 
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