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Disse que estava bem

Marido conta que assassino de empresária tentou se passar por ela no WhatsApp para despistar família e polícia

19 Fev 2021 - 16:08

Da Redação - Wesley Santiago/Do Local - Fabiana Mendes

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Valmir (na foto) contou que assassino se passou por sua esposa no WhatsApp

Valmir (na foto) contou que assassino se passou por sua esposa no WhatsApp

Jefferson Rodrigues da Silva, de 33 anos, responsável por matar a empresária Rosemeire Soares Perin, 52 anos, encontrada no final da tarde desta quinta-feira (18) próximo à Passagem da Conceição, em Várzea Grande, com três cortes no pescoço, tentou se passar por ela através de um aplicativo de mensagens, na intenção de esconder o crime.


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O marido da empresária, Valmir Santos, 37, disse ao Olhar Direto - durante o velório na tarde desta sexta-feira (19) - que tentou entrar em contato com a empresária por diversas vezes através de mensagens no celular e ligações.

"Tentamos ligar, mandamos mensagem, mas nada. No outro dia, retornaram uma mensagem no celular dela. Mas de um jeito muito estranho, dizendo que estava em Sinop, vendo uma máquina e que logo voltava. Eu pedia para mandar uma foto, mas não tinha resposta", comentou.

Ainda na tentativa de despistar os familiares, o criminoso ainda postou no status da vítima uma mensagem, dizendo que estava tudo bem e que supostamente estava em Cáceres. "Porém, a gente sentia que as informações não estavam batendo".

Velório aconteceu na tarde desta sexta-feira (19). 

Além de falar com o marido, Jefferson ainda trocou mensagens com as filhas da empresária e policiais do Núcleo de Pessoas Desaparecidas (NPD) da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) se passando pela mulher.

Sumiço

O marido contou que saiu na terça-feira (16) e ela ficou em casa, como faz praticamente todos os dias. "Depois de um tempo, me ligou, perguntando onde estava o batedor de milk-shake. Depois ela me ligou, perguntando, eu disse onde estava e ela falou que ia para Várzea Grande".

"Fiquei esperando até umas dez horas da noite e resolvi mandar mensagem para as filhas delas. Falei que a mãe delas tinha sumido e não havia aparecido até aquele momento", comentou o marido.

Valmir ficou sabendo que a esposa estava morta pelas notícias da imprensa. "Muita gente me mandava as coisas que iam saindo e infelizmente tivemos este desfecho. Ela era uma pessoa muito querida. Trata todo mundo bem, com carinho. Mudamos para o bairro Dr. Fábio há uns três anos, ela conquistou muitas pessoas. Todos gostam muito dela".

Em março, os dois fariam três anos de relacionamento. A empresária deixa duas filhas e um filho, todos maiores de idade. 

Detalhes do crime

Rosemeire era empresária do ramo de produtos de festas e também vendia máquinas de sorvetes há mais de dez anos. Ela e Jefferson mantinham relações comercias já há algum tempo. No dia do crime, terça-feira (16), ela foi levar um produto que o criminoso havia adquirido.
 
Em março, Jefferson comprou uma máquina por cerca de R$ 7 mil. Porém, logo depois, ela apresentou um problema e a manutenção ficou orçada em R$ 2.100. Deste montante, o homem ficou devendo R$ 850 para Rosemeire, a partir de novembro de 2020.
 
Com a pandemia do novo coronavírus, Jefferson começou a ter problemas em seu comércio e somente voltou a trabalhar com a venda de sorvetes agora. Como precisava de um novo equipamento (batedor de milk-shake) acionou novamente a empresária, que cobrou R$ 400.

Ele também iniciou a venda de churrasquinho e já aproveitando, comprou pratos de plásticos da vítima, no valor de R$ 156.
 
No fim, a dívida de Jefferson ficou em R$ 1.250, algo que Rosemeire foi cobrar na terça-feira. O criminoso não gostou do tom utilizado pela empresária e aplicou-lhe uma gravata, sendo que ela caiu desacordada no chão e bateu com a cabeça. Desesperado, ele amarrou suas mãos e pés com fitas adesivas e amordaçou sua boca com uma meia.
 
Após cinco minutos, a vítima acordou, ainda um pouco desorientada. Como utilizava tornozeleira eletrônica e já havia sido preso, Jefferson afirmou em depoimento ao delegado Marcel Oliveira, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que ficou com medo de voltar para a cadeia, pegou uma faca caseira de aproximadamente 30 centímetros e desferiu três golpes no pescoço de Rosemeire, que não teve nenhuma chance de defesa.
 
A casa de Jefferson ficou complemente cheia de sangue, o que corrobora com a versão de que ele, sozinho, matou a empresária. Posteriormente, o criminoso ligou para um parente, pedindo por ajuda. Porém, esta pessoa – sem saber o que tinha ocorrido – disse que estava cansado das “merdas” que ele já havia feito e não iria se meter em mais uma.
 
Foi então que Jefferson lembrou-se de Pedro Paulo de Arruda, 29, que era sócio de um lava-jato onde ele fazia trabalhos esporádicos. O rapaz topou ajudar o assassino a ocultar o corpo, foi até a quitinete, onde - por volta das 22 horas - os dois envolveram o corpo de Rosemeire em plásticos, lençol e um edredom e fizeram o transporte até a Passagem da Conceição, onde a vítima foi deixada.
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