Para o líder da bancada de Mato Grosso em Brasília, deputado federal Dr. Leonardo (Solidariedade), a mobilização de governadores e prefeitos para aquisição de vacinas diretamente com os laboratórios mostra a falta de alinhamento e comando por parte do Ministério da Saúde. De acordo com o parlamentar, os parlamentares já encaminharam emendas à saúde e aguarda permissão que os recursos referentes a 2021 possam ser destinados exclusivamente para a aquisição de imunizantes.

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Com a troca de ministros da Saúde, Leonardo espera que o quarto a comandar a Pasta, médico Marcelo Queiroga, consiga estabelecer ações alinhadas com estados e municípios. “Quando teve o H1N1 não foi necessário (movimentação de prefeitos e governadores), não teve a mesma proporção que a Covid-19, mas é um exemplo próximo. Como não há uma diretriz, acabamos tendo que dar razão, mas é ruim quando cada um começa a puxar de um lado, uma ideia e tipo de vacina. Sinal de que falta um controle central”, disse, ao Olhar Direto.

“Espero que o novo ministro consiga alinha e promover a união no país. Infelizmente as brigas políticas existem e quem sofre é a população que está morrendo em número recorde”, completou.

A mobilização dos municípios é coordenada pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), que está formando um consórcio pró-vacina. Os governadores também tem conversado para buscar a aquisição de vacinas de forma conjunta.

Recursos

Sobre recursos, Leonardo ressalta que a bancada já destinou emendas para o custeio da saúde de Mato Grosso. Agora, que as emendas referentes a 2021 já foram apresentadas, os deputados buscam ter autorização para alterar a destinação.

"Na época da Comissão Mista de orçamento ainda não era possível. O presidente proibia estados e municípios comprarem. Quando houve mudança, já tinha passado o período de indicações de emendas. Existe uma discussão para deixar alterar, mas parece que o governo federal não quer aceitar. Não é um fato concreto, mas uma tendencia”, declarou.

“A Bancada tem recursos financeiros desde o ano passado na saúde do estado. Colocamos milhões da bancada e destinamos mais neste ano. Cai direto no fundo estadual de saúde, liberado ao governo gastar da forma que achar melhor. Se o governo decidir, pode colocar todo esse dinheiro que destinamos à saúde para investir em vacina. De certa forma a bancada já tem recursos, vamos só aguardar a CMO e depois a gente pode sentar com o estado e definir”, completou.