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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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responsabilidade das prefeituras

Lúdio aponta que quase 40% das vacinas contra covid-19 recebidas em MT podem não ter sido aplicadas ainda

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Lúdio aponta que quase 40% das vacinas contra covid-19 recebidas em MT podem não ter sido aplicadas ainda
O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) realizou um estudo com base nas resoluções da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), comparadas com o painel de vacinação do Ministério da Saúde, e concluiu que quase 40% das doses já recebidas e distribuídas aos municípios de Mato Grosso podem não ter sido aplicadas ainda.


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De acordo com a assessoria de imprensa do parlamentar, que também é médico sanitarista, das 393.060 doses de vacinas recebidas no estado, 205.464 doses foram aplicadas, 55.575 estão reservadas para a 2ª dose e 132.021 não foram aplicadas até o dia 25 de março, o que representa 39,1% das doses recebidas ainda sem aplicação.
 
“A vacinação está lenta e atrasada. Quase 40% das doses disponíveis em Mato Grosso, e que já poderiam ter sido aplicadas, não foram ainda. A logística tem que ter sintonia fina. Se temos escassez de vacina, precisamos aproveitar ao máximo a quantidade de doses presentes em cada frasco. É preciso organização e eficiência na vacinação. Além da quantidade escassa adquirida e enviada pelo governo federal, há demora entre a chegada da vacina a Mato Grosso e a distribuição aos municípios, e mais demora depois que a vacina chega aos municípios, dependendo da forma como o município organiza a aplicação da vacinas”, analisou Lúdio.
 
Para aumentar a eficiência na vacinação, o deputado recomendou que as prefeituras utilizem a rede de salas de vacinas e a experiência acumulada pelos trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS), que é referência mundial na imunização de populações. “Não adianta inventar a roda. Precisamos descentralizar a vacinação, utilizar as unidades básicas de saúde, as salas de vacina que o SUS já tem. Quanto mais descentralizar, melhor. Até porque o público-alvo vai aumentar nas próximas fases”, afirmou.
 
No estudo, Lúdio citou que das 191.123 doses da Coronavac/Butatan recebidas para aplicação da 1ª dose, 85.754 não tinham sido utilizadas até 25 de março, o que representa 44,9%. “No caso da 2ª dose, o problema é mais sério, pois considerando um total de 88.258 doses, 28.347 doses não foram aplicadas ainda. Ora, são até 28.347 pessoas que já poderiam estar com a imunização completa em Mato Grosso e não estão”, destacou.
 
Das 52.315 doses da AstraZeneca/Fiocruz distribuídas aos municípios mato-grossenses, todas destinadas à aplicação da 1ª dose, 12.492 não foram aplicadas até 25 de março, o que representa 23,9% de doses ainda não aplicadas. “Um dado curioso observado no painel de vacinação é que 361 doses da vacina AstraZeneca já teriam sido aplicadas como 2ª dose, o que contraria o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19”, disse.
 
Lúdio observou ainda que as prefeituras podem estar alimentando os dados da vacinação com atraso ou a sistemática de alimentação dos dados no sistema de informações em que se baseia o painel do Ministério da Saúde pode não refletir a realidade da vacinação em cada município.
 
“Pode haver atraso nessa alimentação e é uma das hipóteses para essa diferença. É preciso analisar esses números de forma detalhada, por município, por público-alvo, por laboratório fabricante, por logística de distribuição e aplicação, e quais as explicações para esse desempenho. Se temos poucas vacinas à nossa disposição, precisamos do máximo de rapidez e de eficiência na aplicação, para alcançarmos a melhor cobertura vacinal possível”, disse.
 
Ele citou, ainda, que estão nos dados as doses de vacinas destinadas aos povos indígenas que vivem em terras indígenas de Mato Grosso, cuja aplicação é responsabilidade das equipes dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), vinculadas à Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde (SESAI).
 
As vacinas destinadas aos povos indígenas são remetidas pelo Ministério da Saúde à Secretaria Estadual de Saúde, que distribui para os escritórios regionais ou municípios de referência para as terras indígenas, e estes abastecem as equipes de saúde dos DSEIs, que realizam a vacinação nas aldeias.
 
Outro lado
 
A Secretaria de Estado de Saúde se manifestou por meio de nota:

 
Mato Grosso já recebeu, até esta sexta-feira (26.03), 447.960 doses de vacinas contra a Covid-19 do Ministério da Saúde. Compete ao Estado repassar as vacinas recebidas do Governo Federal para os municípios. A estratégia de aplicação é uma competência de cada Prefeitura.
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