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Terça-feira, 19 de março de 2024

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Alvo denúncias, Hospital São Judas Tadeu alega que atendeu 12 mil com Covid e registrou 5 mortes

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Arnaldo Sérgio Patrício

Arnaldo Sérgio Patrício

O Hospital São Judas Tadeu, localizado em Cuiabá, recebeu cinco denuncias de familiares de pacientes com Covid-19, por conta do tratamento ofertado. O sócio diretor e médico, doutor Arnaldo Sérgio Patrício, disse que a unidade já recebeu Ministério Público, Polícia Civil, Conselho de Medicina e de Enfermagem para apurar os casos. Ele asseverou ainda que não tem nada a esconder e que as portas estão abertas para prestar todos esclarecimentos necessários. Segundo o hospital, foram 12 mil pacientes com Covid-19 atendidos e cinco faleceram.

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Um dos casos de maior repercussão é do major da Polícia Militar Thiago Martins, de 34 anos, que veio à tona após denúncia da técnica de enfermagem demitida, Amanda Delmondes Benício. Mensagens de WhatsApp que foram publicadas mostraram que  militar chegou a pedir socorro para uma pessoa.

Em entrevista ao Olhar Direto, o médico Arnaldo Sérgio disse que o Hospital São Judas Tadeu conta com 156 funcionários, sendo que 80% foram infectados pelo coronavírus. Acrescentou que todos receberam tratamento gratuito e não houve óbito entre os colaboradores.

“Eu não culpo o RH [recursos humanos], porque quando começa a ter profissionais doentes, excesso de pacientes, você quer contratar gente, você quer colocar para trabalhar. Eu até falei que tendo Coren regulado, põe para trabalhar. Não investigamos a vida de ninguém porque precisávamos de gente para trabalhar”, comentou o médico sobre a contratação da Amanda Delmondes.

"Estou toda hora no hospital, todo mundo me conhece. Como a pessoa que trabalha aqui não vem falar comigo pessoalmente? Ou com a chefia ou Coren? Porque não procurou esses meios? Pode procurar". 



Desde o começo da pandemia em Mato Grosso, até abril deste ano, 12 mil pacientes com Covid-19 passaram pelo hospital, sendo que cinco faleceram. Houve casos que pacientes precisaram ficar na unidade em um leito de estabilização até a transferência pela Central de Regulação.

Sobre casos de intubação, Arnaldo Sérgio disse que muitas vezes o procedimento é realizado na urgência. “Muitas vezes o familiar não fica no hospital porque por conta da Covid-19 não há visita. Como você vai chegar no familiar e falar que precisa intubar? Você intuba na urgência. Não teve nada de errado? Claro que teve, ninguém aqui está escondendo. Tudo que teve vai apurar, olhar. De tudo que eu li, não teve coisas graves, não vi. Minha atitude foi abrir o hospital para CRM, Ministério Público, Coren, podem pedir o que quiser”, asseverou.

Sobre informações que o hospital estaria ‘lucrando’ por conta dos casos de Covid, ele explica: “Aqui uma consulta custa R$ 150. Não tem como aumentar porque agora que as pessoas precisam. Quando uma pessoa quer internar e não tem convênio, eu sempre falo dos custos e indico o Hospital Metropolitano, porque acho a enfermagem de lá boa, atende os pacientes muito bem. A gente explica muito bem porque é muito oneroso. Se pudermos ajudar, fazer um preço melhor, a gente faz. Esse negócio de dinheiro, se falarem alguma coisa, venha conversar comigo, porque é mentira. Ninguém aqui visa lucro”, diz.

O médico também afirmou que nunca faltou oxigênio no hospital e nem medicamento. Apenas substituição por conta da carência que acontece em várias unidades.
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