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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Hospital São Judas Tadeu é acusado de dar morfina e amarrar pacientes com Covid-19 na cama

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Hospital São Judas Tadeu é acusado de dar morfina e amarrar pacientes com Covid-19 na cama
Pacientes com Covid-19 do Hospital São Judas Tadeu, localizado em Cuiabá, teriam recebido doses altíssimas de morfina, medicamento indicado para o tratamento de câncer, no lugar de dosagens corretas de analgésicos. As informações são do programa Cidade Alerta, da TV Vila Real (10.1), que ouviu a delegada da Polícia Judiciária Civil (PJC) que preside o inquérito, Luciane Barros Pereira Lima. 


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A denúncia, feita por próprios funcionários do hospital, informou que pacientes teriam recebido “altas doses” de morfina no tratamento contra o Covid-19, quando, na verdade, deveriam ter recebido a dosagem correta de outros analgésicos.

A reportagem informou ainda, que outro depoimento chegou à delegacia de polícia civil, relatando que uma mulher, que corria risco de morte, foi transferida do local com ferimentos graves nas mãos em razão de ter sido “amarrada” na cama durante o seu tratamento. 

De acordo com Luciane Barros Pereira Lima, Amanda Delmondes Benício, enfermeira que fez a primeira denúncia sobre o tratamento inadequado que teria sido dado ao major da Polícia Militar, Thiago Martins de Souza– morto por complicações do Covid-19 no último dia 4 de abril -, já foi ouvida. 

A delegada revelou ainda que outros dois pacientes que estavam no mesmo quarto do major estão sendo ouvidos e até a fase final do inquérito, outros funcionários da unidade de saúde particular também deverão prestar depoimento.

Através dos relatos, o inquérito passará a ter informações importantes para embasar possível denúncia contra o hospital.

Denúncias

As investigações contra o Hospital São Judas Tadeu tiveram início após a técnica de enfermagem Amanda Delmondes Benício, que trabalhava no Hospital São Judas Tadeu, em Cuiabá, ter registrado um boletim de ocorrências, no dia 5 de abril, para denunciar irregularidades na unidade.

Segundo ela, o paciente, major da PM, Thiago Martins de Souza, que estava saturando não estava recebendo o tratamento correto. Ele acabou morrendo. Antes, ele conseguiu pedir socorro a amigos e a uma advogada pelo celular. O hospital nega todas as acusações e prometeu tomar medidas cíveis e criminais contra a denunciante.

Amanda relatou que trabalhou até o dia 1º de abril no Hospital São Judas Tadeu como técnica de enfermagem e foi demitida naquele dia pois tentou contar nas redes sociais as irregularidades que estavam ocorrendo na unidade. 

Na época, o Hospital São Judas Tadeu negou as acusações dizendo que a técnica de enfermagem estaria tentando uma retaliação contra a unidade de saúde em razão de ter sido demitida.

Outro lado
 
Procurado pela reportagem, o Hospital São Judas Tadeus disse à equipe da TV Vila Real que está aguardando ser notificado pela Polícia Judiciária Civil para se pronunciar.

A assessoria informou ainda que está aguardando os resultados das investigações. Por fim, a direção do hospital garantiu que tomou todos os cuidados necessários com os pacientes e está a disposição dos órgãos competentes para prestar esclarecimentos.

Veja a reportagem:

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