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Crime de racismo

Ozenira diz que ataques vieram nas redes sociais e estuda registrar boletim de ocorrência

27 Abr 2021 - 17:00

Da Redação - Isabela Mercuri / Do local - Airton Marques

Foto: Assessoria / Câmara de Cuiabá

Ozenira diz que ataques vieram nas redes sociais e estuda registrar boletim de ocorrência
A secretária de Saúde do município de Cuiabá, Ozenira Félix, afirmou que os ataques racistas que recebeu após a denúncia dos medicamentos vencidos vieram principalmente em suas redes sociais. Segundo a gestora, muitos dos xingamentos foram feitos por perfis falsos, e ela ainda não sabe se irá formalizar a denúncia por meio de boletim de ocorrência ou procurar a justiça. A gestora fez um desabafo emocionado sobre o ocorrido durante sessão da Câmara de Vereadores nesta terça-feira (27).


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“Não era o momento, mas eu não tinha como não falar sobre isso diante de tudo que aconteceu”, afirmou. “Eu entrei na secretaria mais ou menos em outubro, e foram vários [ataques]. E o que eu coloquei lá que eu fiquei muito triste é que você não pode julgar a pessoa pela cor da pele dele. Acho que a gente tem todo um trabalho a desenvolver, e realmente é uma coisa que me deixou bastante triste. Eu tenho apagado imediatamente por questão dos meus filhos. Minha filha que cuida das minhas redes sociais, eu nem entro quase, e quando começou a acontecer ela começou a sofrer muito, eu passei a assumir, eu e meu marido, e a gente tem apagado. Entrou a gente apaga”.

De acordo com a gestora, desde que os vereadores publicaram vídeos mostrando medicamentos vencidos estocados no Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos de Cuiabá (CDMIC Cuiabá), ela vem recebendo comentários de pessoas colocando em dúvida sua atuação e citando a cor de sua pele como um possível motivo. “[Sendo que] eu cheguei o problema já estava posto. O que estamos fazendo é tentar resolver o problema, que a gente nem sabe se houve dolo, o que aconteceu”, lamentou.

A secretária participou da sessão na Câmara nesta terça-feira (27) e informou que o problema dos medicamentos já havia sido identificado, e estava sendo investigado em sigilo. Agora, como o problema veio à tona pela Câmara, ela apresentará aos vereadores um cronograma de ação.

Sobre os ataques racistas, ela ainda não sabe se irá denunciar. “Teve até advogados que entraram em contato porque chegaram a ver. Eu pensei muito, hoje foi a primeira vez que falei sobre isso, até me arrependi porque achei que não deveria ter falado aqui na Câmara, mas é uma coisa que estava pesando muito. (...) Vou pensar, meu marido mexe nessa área, e a maioria são perfis fakes, vem dos Estados Unidos, eu nem conhecia isso, ele que foi lá e começou a mexer... eu não sei. Hoje eu já falei isso aí porque realmente é muito dolorido e meus filhos não merecem. Nem eu, nem meus filhos”, finalizou.
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