As informações constam no depoimento de uma testemunha, cujo nome será preservado, que contou que Cilse era um morador em situação de rua conhecido na região do bairro Consil, em Cuiabá, e no dia de sua morte estava em um posto de combustíveis perto da cervejaria de Rafik.
O andarilho estaria no posto quando Rafik teria ido até o local falando para ele sair dali, o que ele obedeceu. Depois disso, apareceu andando por uma rua que passa atrás do posto. Mesmo assim, o empresário saiu atrás e atirou várias vezes. Ao retornar, sorriu e disse: ‘foi só para assustar’.
Até então, ninguém tinha percebido que a vítima tinha sido baleada. Logo depois, outros andarilhos surgiram gritando que um amigo estava ferido. Enquanto o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a Polícia Militar eram acionados e a vítima agonizava, o empresário assistia de longe tudo o que acontecia.
A testemunha ainda contou que o morador de rua enxotado do posto minutos antes do crime não era Cilse, pois tratava-se de um homem mais jovem. O responsável por presidir as investigações do caso, delegado Marcel Gomes de Oliveira, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), descreveu que "pela análise de todas as circunstâncias, deve recair sobre o indiciado a imputação de homicídio qualificado pelo motivo fútil e pelo recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima".