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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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ALVO EM MATO GROSSO

Fantástico revela que MC Mirella teria sido vítima de empresário preso por aliciar mulheres; Nubia Oliver seria comparsa

Foto: Reprodução

Fantástico revela que MC Mirella teria sido vítima de empresário preso por aliciar mulheres; Nubia Oliver seria comparsa
Reportagem do Programa Fantástico, da Rede Globo, mostrou Rodrigo Cotait, era responsável por escolher jovens do Brasil e prepará-las para as viagens. As meninas eram abordadas pelas redes sociais ou através de uma empresa de maquiagem que ele dizia ser dono. Até menores de idade já foram negociadas. Ele foi alvo da operação ‘Harem BR’, da Polícia Federal, que tem por objetivo desarticular um grupo criminoso voltado ao tráfico de mulheres para fins de exploração sexual. 


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Um membro da organização criminosa foi preso em Rondonópolis (216 km de Cuiabá). Ele atuava com falsificação de documentos para as vítimas. Em sua casa de alto padrão, a PF encontrou  veículos de bastante valor na garagem. Também foram apreendidos computador, tablet, celular, caderno de anotações e outros objetos, que devem subsidiar ainda mais a investigação.

"Eu exporto mulher para tanto país: Estados Unidos, Oriente Médio, Austrália, Singapura, China, Nova Zelândia, Europa, Bolívia", conta Cotait em um áudio.

Ele negociava as vítimas como se fossem mercadorias e, se elas tivessem algum título de beleza ou muitos seguidores na internet, os valores disparavam. "Só mando viajar produto de exportação que tem meu selo de qualidade, ou seja, comprovei o material", diz.

Cliente antigo de Rodrigo, Wissar Nassar é um dos clientes que contrataram menores. Ele é dono de um shopping em Ciudad del Este, no Paraguai. Uma das vítimas de Wissar teria sido a cantora de funk MC Mirella, quando ainda era menor de idade.

"Eu paguei para ela. Eu paguei em 'cash', dinheiro. Fui sacar. A menina não tinha nem conta em banco, que ela tinha 17 anos... 16 ou 17 anos", conta em outro áudio.

A PF explicou em entrevista coletiva realizada que o grupo criminoso abordava as vítimas pelas redes sociais e se apresentava como representante de marca de maquiagem e produtos de beleza.
 
Os criminosos, então, ganhavam a confiança das supostas clientes e ofereciam para fazer ensaios fotográficos até o momento em que ofertavam emprego, quando as vítimas eram aliciadas.
 
Há casos de vítimas que eram privadas de seus direitos, forçadas a atender clientes além da vontade e ainda sofriam pressão para continuar no local em que estavam. Um dos casos investigados é de um estupro contra uma menor de idade aliciada e levada para a Bolívia.

A modelo Núbia Óliver é investigada como aliciadora do esquema. 

Assista AQUI reportagem especial que traz os detalhes da investigação e mostra quem é um dos maiores traficantes de mulheres já identificados pela Polícia Federal no Brasil.

A operação 

A Polícia Federal deflagrou, na manhã de terça-feira (27), a operação ‘Harem BR’, que tem por objetivo desarticular um grupo criminoso voltado ao tráfico de mulheres para fins de exploração sexual. Um dos nove mandados de busca e apreensão foi cumprido na cidade de Rondonópolis.

Ao todo, a PF cumpre nove mandados de busca e apreensão e oito de prisão preventiva. Destes,  cinco foram  incluídos na Difusão Vermelha da Interpol (Paraguai, Estados Unidos, Espanha, Portugal e Austrália), diante da suspeita de que alguns investigados estejam fora do país.

Os mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal em Sorocaba, estão sendo cumpridos nas cidades de São Paulo/SP, Goiânia/GO, Foz do Iguaçu/PR, Venâncio Aires/RS, Lauro de Freitas/BA e Rondonópolis/MT.
 
As investigações foram iniciadas em 2019, em inquérito policial instaurado com base em desdobramento da denominada Operação NASCOSTOS, que desarticulou um grupo de estelionatários que praticava fraudes pela internet, mediante a clonagem de cartões de crédito.
 
No curso dessa investigação (Operação Nascostos), identificou-se que algumas das compras feitas pelos estelionatários com cartões clonados foram de passagens aéreas, as quais tiveram como destinatárias duas mulheres que viajaram a Doha/Catar. Uma vez identificadas, essas vítimas de exploração sexual relataram cerceamentos de direitos a que foram submetidas nesse destino, bem como que receberam as passagens de um indivíduo que as agenciou para a prática dos atos de prostituição.
 
Com o avanço das investigações, identificou-se uma rede de agenciadores/aliciadores que atuava na exploração sexual, tanto em território nacional, quanto no exterior. Até o momento, a investigação apurou que os países para os quais houve viagens para fins de exploração sexual foram Brasil, Paraguai, Bolívia, Estados Unidos, Catar e Austrália. Há indícios, ainda, de que em algumas viagens ao Paraguai foram aliciadas/agenciadas pessoas menores de 18 anos. 
 
Os crimes investigados são:
 
1)    favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável;

2)    tráfico de mulheres para fins de exploração sexual;
 
3)    falsidade material e/ou ideológica e uso de documento falso;
 
4)     favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual.
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