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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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FUGINDO DO PNI

Gilberto detona prefeitos que criam novos grupos de prioridade na vacinação: “vão ter que responder criminalmente”

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Gilberto detona prefeitos que criam novos grupos de prioridade na vacinação: “vão ter que responder criminalmente”
O secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, criticou gestores municipais por estarem criando grupos prioritários de vacinação, além dos que já estão definidos pelo Programa Nacional de Imunização (PNI). Ressalta que, neste momento, não dá para atuar politicamente.


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“Eu imploro aos gestores, principalmente dos grandes municípios que estão saindo do plano nacional, porque não vai ter dose. Eles vão ter que responder criminalmente por sair fora do plano, não decido quem vai vacinar, é pactuado em CIB, não dá para transformar a política de vacinação em palanque político. A vontade do governador, secretário, é vacinar a população inteira. Gostaria de atender as demandas, mas não tem como porque não te vacina”, disparou.

O secretário afirma que o problema da falta da segunda dose nos municípios não é culpa do Ministério da Saúde, mas de prefeitos que não seguiram as orientações técnicas da Comissão Intergestores Bipartite de Mato Grosso (CIB-MT) e utilizam a segunda dose como a primeira de novos grupos. Explica que os municípios não podem mais responsabilizar o governo federal, por ter orientado os gestores a não reservarem a segunda dose da CoronaVac.

“Aquele período em que o ministério disse para os prefeitos usarem todas as vacinas como primeira dose já foi resolvido uma semana e meia depois. Os municípios que estão solicitando segunda dose que está faltando não é porque o ministério não mandou. Temos que admitir o problema, mas não podemos adotar o discurso de que o ministério não mandou a segunda dose. Já foi mandado. O que está faltando hoje de segunda dose é pelo erro estratégico de alguns gestores”, afirmou.

“Como secretário de estado, não posso reverberar em Mato Grosso contra o Ministério da Saúde, por algo que não estão mais errados. Se está faltando segunda dose significa que pessoas que foram vacinadas com primeira dose fora da programação natural. Está na hora de os gestores baterem no peito e admitirem que erraram. Mais justo do que jogar a culpa no Ministério”, completou.

Um exemplo de grupos prioritários criados pelos municípios está em Cuiabá, que começou a vacinar, por exemplo, população em situação de rua, garis, trabalhadores funerários e motoristas.

Além da população que já deveria ter recebido a segunda dose, mas sofre com a falta de vacina, Gilberto ressalta que também há o risco desses grupos prioritários criados pelos municípios não receberem a imunização completa, já que a previsão é que o envio de novos imunizantes se estagne nas próximas semanas.

O secretário ainda questionou os municípios que fazem requisição de mais doses, alegando perda técnica, assim como a Secretaria Municipal de Saúde da Capital fez, alegando que os últimos frascos da CoronaVac vieram com imunizante suficiente para apenas 9 doses e não dez, como é previsto.

“Não adianta querer reposição de doses baseadas em perdas técnicas, precisa ser melhor justificada, tem que ter boletim de ocorrência, oficializar no sistema do Ministério da Saúde, como ocorreu em uma aldeia em que deixaram congelar, foi registrada toda a documentação. Não adianta só pedir dose de reposição sem registro”, pontuou.

O presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems-MT), Marco Antonio Noberto Felipe, reforçou a tese de Gilberto. Afirmou que alguém ficará sem doses, caso os prefeitos e secretários municipais comecem a “inventar” grupos que não fazem parte do cronograma do PNI. “Temos capacidade de vacinar a população de Mato Grosso inteira em 20 dias, mas não temos vacina, então, precisamos seguir o PNI”.

Marco também ressalta que tais problemas não são gerados por falta de orientação do Cosems. “Entendo prefeito de Cuiabá e Várzea Grande, a angustia de vacinar todos tem, mas devemos seguir estritamente o que está no plano”.
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