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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Exames de imunidade não são adequados para pessoas vacinadas contra a Covid-19, aponta infectologista

Foto: Reprodução

Exames de imunidade não são adequados para pessoas vacinadas contra a Covid-19, aponta infectologista
Mato Grosso possui atualmente 296,2 mil pessoas imunizadas com duas doses da vacina contra a Covid-19. O número representa 8,4 % da população do estado, e parte deste grupo acredita estar livre de novas infecções pela doença. Nesse cenário, especialistas têm alertado sobre os descuidos apresentados por parte dos vacinados, uma vez que ainda não há testes específicos para a população vacinada sobre a taxa de anticorpos no organismo após as doses. Até o momento, o que é unânime é a eficácia das vacinas na queda do número de mortes e redução dos quadros graves da doença.


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O médico Abdon Karhawi, infectologista do H-Bento, explica que um dos principais fatores para que ainda não seja possível determinar um índice de anticorpos produzidos entre os vacinados é o comportamento do Sars-CoV-2, vírus causador da Covid-19. De acordo com ele, logo após a primeira dose da vacina, o corpo dá início às respostas ao vírus com a criação de anticorpos e este processo é concluído com a segunda dose. Porém, o volume de anticorpos, o tipo de imunidade e como a defesa do organismo está organizada podem ser diferentes para cada pessoa ou dependendo da vacina aplicada. Por isso, não há um exame que ateste a imunidade.

"Assim como as vacinas são diferentes, as respostas do organismo também. A eficácia de um imunizante nem sempre é detectada ou pode ser avaliada em exames de IGG. Por exemplo, a Coronavac apresenta eficácia de 55% entre os vacinados, o que significa que ainda há riscos para quem tomou, apesar de bem menores se comparados a quem não está vacinado. Por conta disso também, um teste de anticorpos pode dar positivo ou negativo mesmo entre pessoas imunizadas. Ainda não temos uma ferramenta adequada para medir a resposta imunológica das pessoas vacinadas e a população não deve se preocupar com este tipo de teste, mas em ter acesso às doses das vacinas", afirma.

Segundo dados do Ministério da Saúde, registrando cerca de 296 mil pessoas imunizadas com a segunda dose, Mato Grosso encontra-se entre os cinco estados do país com o menor índice de vacinação completa na população. O pior resultado é do Acre que imunizou com duas doses cerca de 60 mil pessoas. Os estados com melhores desempenhos são o Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e São Paulo.

"Vale ressaltar que só podemos considerar a imunização completa após a aplicação da segunda dose da vacina. Infelizmente, este processo está bem devagar. Para diminuirmos a curva da doença e reduzir o número de mortes, a vacina é essencial. Depois da imunização completa da população é que deveríamos nos preocupar com a taxa de anticorpos", pontua o médico infectologista.

Com mais de 33 anos de experiência na Medicina, o médico infectologista Abdon Karhawi elogia a celeridade da ciência nos estudos e fabricação de vacinas para conter os avanços de uma pandemia, como a de Covid-19. "A pandemia fez com que a ciência aumentasse sua velocidade e o que vimos foi espetacular com o desenvolvimento de novas vacinas em tempo recorde. Infelizmente, o negacionismo, os conflitos políticos e a desinformação evitaram avanços maiores e uma imunização mais eficaz e rápida na população", salienta. (Com assessoria)
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