Olhar Direto

Sexta-feira, 29 de março de 2024

Notícias | Política MT

CPI da sonegação

Priminho Riva diz que garimpeiros vendem 3g de ouro por dia em bairro de Cuiabá

Foto: Reprodução / russleigh.com

Priminho Riva diz que garimpeiros vendem 3g de ouro por dia em bairro de Cuiabá
O ex-prefeito de Juara Priminho Antônio Riva participou na última quinta-feira (17) da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e Sonegação Fiscal, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Na ocasião, ele afirmou que há garimpeiros atuando na Morada do Ouro e vendendo todos os dias de 2g a 3g de ouro, mas que o Governo do Estado só se preocupa em atender os “garimpeiros gringos”. Priminho cobrou mais fiscalização por parte do Estado.


Leia também:

Garimpeiro é preso com ouro escondido dentro de sapato

Priminho disse que começou a trabalhar com ouro em um garimpo de Juruena em 1987, e em 2007, montou uma estrutura garimpeira em Poconé, que é comandada pelos filhos. Atualmente, afirmou que colabora com a cooperativa de mineração de Peixoto de Azevedo. 

“Colaboro com a cooperativa e tenho um subsolo na região do ‘Pé Quente’ em Terra Nova. O potencial de ouro em Mato Grosso é maior que do Estado do Pará, mas hoje temos uma ociosidade muito grande por parte do governo, que não vê a evolução na mineração porque Mauro Mendes enterrou a Metamat, que tinha excelente quadro de funcionários, mas ultimamente não auxilia projetos para extração do ouro e o garimpeiro em nada”, desabafou Riva. 

O empresário informou que os municípios mato-grossenses que mais arrecadaram o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) são Peixoto de Azevedo e Poconé. Segundo Riva, porque são organizados em cooperativa que tem sete mil filiados. 

“Hoje, um projeto para ser liberado pela Sema leva um ano. O cidadão que tem 50 hectares descobre que a terra tem um afluente e lá tem ouro de aluvião, faz o projeto e gasta R$ 30 mil, e a Sema fica esperando um ano. Nos 40 dias de entregar o processo no órgão, vai garimpar”, afirmou Riva. 
De acordo com a assessoria de imprensa da AL, Priminho contou que sua empresa em Poconé está sob a administração de seu filho e emprega hoje de 35 a 40 pessoas. Além disso, afirmou que trabalha com pesquisas em Peixoto de Azevedo, onde tem duas empresas terceirizadas.

Em Poconé, segundo Riva, a aérea particular é arrendada e que o ouro extraído é de profundidade que chegam a 100 metros. No local, o trabalho utiliza máquinas leves e pesadas, a mão de obra é da própria região. O garimpo fica localizado na saída de Vila Nova.  

O empresário ainda argumentou que a baixa arrecadação por parte das Prefeituras onde há garimpo pode acontecer porque a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cefem) e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) muitas vezes não são arrecadados.

O deputado Wilson Santos questionou a Priminho se era justa a distribuição sobre os valores movimentados em 2019 em Poconé. Segundo ele, do montante de R$ 402 milhões de ouro, a Prefeitura ficou com R$ 3,6 milhões. No ano seguinte o valor movimentado foi para R$ 595 milhões e a Prefeitura ficou com R$ 5,4 milhões. 

“Será que foi cobrado o percentual 1% de IOF e 1,5% do CEFEM? Isso que precisa saber, às vezes não foi cobrado. Por isso a arrecadação foi baixa. É preciso uma fiscalização nesse sentido, na cobrança dos impostos. Em Mato Grosso, de sete a oito reais eram sonegados de imposto na atividade mineral. Mas hoje está mais rigoroso. Em Peixoto de Azevedo, por exemplo, ninguém vende ouro sem documento”, questionou Riva. 

Em outra análise, em 2021, de acordo com Riva, os municípios de Poconé e Peixoto de Azevedo arrecadaram R$ 11 milhões de IOF, e a Prefeitura arrecadou R$ 9,458 mil. “É estranho o município de Figueirópolis arrecadar R$ 1,919 milhão. Esse município não tem ouro. Não tem minério e nem mineradora. E Nossa Senhora do Livramento que tem ouro, arrecadou quase a mesma coisa”.  

Para ele, a inexistência do Estado na fiscalização é um dos fatores responsáveis pela baixa arrecadação na área mineral, mas também em outras áreas do setor produtivo mato-grossense. “Não há contrapartida nenhuma, nenhuma assinatura e nenhuma letra. Isso desestimula. O Estado inexiste na área mineral”, afirmou Priminho Riva. 
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet