Os deputados estaduais de Mato Grosso devem votar em breve um Projeto de Lei para o retorno da ‘Caravana da Transformação’, com o intuito de levar cirurgias de catarata à população em situação de vulnerabilidade. O PL é de autoria do deputado Wilson Santos (PSDB), já foi aprovado em primeira votação, mas foi rejeitado por três votos a dois na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). Segundo o tucano, ele irá trabalhar com os colegas parlamentares pela derrubada do parecer da constituição. Até a tarde desta terça-feira (22), o projeto não estava na ordem do dia de quarta-feira (23).
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“Ela já foi aprovada na Comissão Meritória, e agora ela foi reprovada na CCJ e vai ao plenário com parecer contrário. Se a maioria dos deputados entender que é um programa que pode ser reestabelecido, e votar contra o parecer, vai à sanção do governador”, explicou Wilson nesta terça-feira (22).
Para o autor, os problemas que envolveram a Caravana na gestão do ex-governador Pedro Taques (à época filiado ao PSDB) foram fruto de ‘críticas maldosas, desonestas e encomendadas por maus profissionais’ e, além disso, que todo programa está sujeito a erros. “A Caravana teve problema como qualquer programa tem, o governo tem que fazer as correções, mas salvar aquele que... você tem uma vaca com bicheira, você não vai matar a vaca por isso. Você cura a bicheira e salva a vaca”, destacou.
Wilson ainda lembrou das mais de 60 mil cirurgias de cataratas realizadas, e afirmou que 60 mil pessoas tiveram a oportunidade de voltar a enxergar graças ao projeto. “Eu apresentei esse projeto em 2019. [Agora] pode ser até outro nome, não há nenhum problema o governo novo fazer outro nome, mas que aqueles que carecem da cirurgia de catarata ou similares possam ter neste mutirão a oportunidade de fazê-las”, defendeu o parlamentar.
O líder do Governo na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Dilmar dal Bosco (DEM), votou contra o projeto na CCJR. Ele afirmou que o Governo anunciou que irá realizar mais de 50 mil cirurgias eletivas e também trabalha para construir hospitais no interior do estado, ao contrário do que chamou de simples trabalho de ‘ambulanciaterapia’.
“Eu acho que o governo tem que fazer, nós precisamos atender a sociedade, precisamos atender o povo que precisa no interior. Sempre tenho falado com o governador Mauro Mendes, com Otaviano Pivetta, a desconcentração dos serviços públicos. Tem que ir para o interior. Temos que atender as demandas onde o povo está mais perto. E não, muitas vezes, viver só em ambulanciaterapia, nós temos que levar os serviços essenciais para o interior do Estado”, afirmou Dilmar.
