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SOBRAS DA DESOSSA

Mauro lamenta fila por doação de ‘ossinho’, mas afirma que governo nunca fez tanto pelo social

19 Jul 2021 - 11:30

Da reportagem local - Max Aguiar / Da Redação - Fabiana Mendes

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Mauro lamenta fila por doação de ‘ossinho’, mas afirma que governo nunca fez tanto pelo social
O governador Mauro Mendes (DEM) lamentou a dificuldade de algumas famílias, que por não ter o básico para alimentação, passam horas em uma fila para receber doações de ossos de boi de um açougue no bairro CPA II, em Cuiabá. Entretanto, o chefe do Executivo Estadual afirmou que o Governo nunca fez tanto pela assistência social de Mato Grosso como atualmente.


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“É lamentável isso, mas o Governo está fazendo na área social aquilo que nunca foi feito em Mato Grosso. O grande número de distribuição de cesta básica está sendo feito, estamos com o Ser Família Emergencial e prorrogando ele até o final do ano do que vem. O Governo está fazendo sua parte”, disse Mauro na manhã desta segunda-feira (19), durante uma reunião com lideranças partidárias em Chapada dos Guimarães.

“Cenas como essas de distribuição de qualquer coisa, de alimento no Brasil, tem o tempo todo. É lamentável, mas temos pessoas que precisam sim e o Governo está fazendo sua parte distribuído cestas básicas e distribuindo transferência de renda como nunca na história de Mato Grosso foi feita”, acrescentou o governador.
 
A situação de algumas famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social foi divulgada na semana passada pelo Olhar Direto. Afetadas pela alta no preço dos alimentos e pelo desemprego, essas pessoas encontraram esperança de comida na mesa em ossinhos de carne.

Mãe de sete filhos e moradora do bairro Planalto, Mara Siqueira sai de casa por volta das 6h e vai andando até o açougue, onde distribuição das sobras da desossa dos bois começa às 11h.

Já Zilda Pereira da Silva, de 63 anos, do bairro 1º de Março, vê nos ossinhos uma maneira de melhorar sua saúde através da alimentação. Ela, recém-recuperada da Covid-19, conta que tem medo que um dia não tenha comida na panela e afirma não ter condições de comprar carne em um açougue.  

Ana Lúcia Costa, 71 anos, sai de sua casa no bairro Doutor Fábio de bicicleta para buscar os ossinhos. Há três anos, ela lembra que não havia tanta procura como vê hoje.  “Eu lembro que quando comecei [pegar], eu ia na porta e eles davam e a gente ia embora. Não tinha esse tanto de gente, mas de um ano para cá, aumentou”.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mato Grosso teve 180 mil pessoas desempregados no primeiro trimestre de 2021.

Paralelo a isso, o botijão de gás no Estado custa cerca de R$ 125 e é o mais caro do país.

Em Cuiabá, a cesta básica sai por R$ 594,99, se tornando a segunda mais cara do Brasil. A capital mato-grossense fica atrás somente da cidade de São Paulo, onde o valor é de R$ 595,87, conforme Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
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