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Retorno do Liceu Cuiabano tem escalonamento semanal, novos bebedouros e expectativa de recuperação do rendimento escolar

04 Ago 2021 - 18:25

Da Redação - Michael Esquer / Da Reportagem Local - Marcos Salesse

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Retorno do Liceu Cuiabano tem escalonamento semanal, novos bebedouros e expectativa de recuperação do rendimento escolar
Com o retorno das aulas presenciais na rede estadual de Mato Grosso nesta quarta-feira (4), muitos pais e integrantes em geral da comunidade escolar tem tido uma grande preocupação: como está sendo essa realidade após o hiato causado pela pandemia e que cuidados estão sendo tomados? Para responder essas perguntas o Olhar Direto esteve na Escola Estadual Liceu Cuiabano e conversou com estudantes e o diretor da unidade escolar. 


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Na unidade que fica na Capital, cerca de 1.500 alunos estão matriculados, distribuídos entre o período matutino, vespertino e noturno. Com a retomada, o Liceu Cuiabano adotou um sistema híbrido escalonado onde apenas 50% dos alunos devem comparecer semanalmente à escola. Isto é, um grupo A e B, com 750 alunos cada, que se revezerá em cada semana. O que também significa dizer que haverão 250 alunos por turno.

"A gente dividiu em duas turmas [por período], teoricamente, cada uma com 250 alunos. Esses alunos vão vir em semanas distintas. O grupo A vem na primeira semana e na segunda semana ele faz tarefa ou faz os exercícios. [Isso com] os acompanhamentos direto da sua residência, [com] aquilo que for providenciado pelo professor no decorrer da semana em que o aluno esteve aqui. Quando esse [grupo] tiver em casa o outro grupo vai tá na escola”, contou Thiago Baldrighi, diretor do Liceu Cuiabano. 

De acordo com o gestor, neste sistema, os estudantes devem ter um melhor aproveitamento e rendimento escolar. Opção que, segundo ele, é melhor do que a realização de um escalonamento diário, onde os grupos teriam que se revezar em diferentes dias da semana, como já chegou a ocorrer em outras unidades. 

“Nesse formato de sistema híbrido, acredito que seja talvez a melhor opção, melhor até mesmo que o aluno vir um dia, ficar o outro [dia] em casa. Então trabalhando uma semana, você trabalha focado com aquele grupo, na outra semana você trabalha focado com outro grupo”, explicou.
 
Diretor do Liceu Cuiabano explicou que retomada acontece de forma escalonado e com medidas de biossegurança. (Foto: Rogério Florentino)

Medidas de biossegurança

Sobre as medidas de biossegurança, o Liceu Cuiabano conta com algumas mudanças nesta nova temporada. Entre elas estão: a utilização das salas com apenas 50% da sua capacidade; substituição dos bebedouros de esguicho, que necessitava da aproximação da boca, pelos de tipo torneira; e a utilização de materiais sanitizantes para dedetizar os espaços da escola. 

“A gente tem que levar em consideração que, como eu disse no princípio aqui, a pandemia permanece e diante dessa situação a segurança passa a ser também prioridade na unidade”, disse Thiago. 

Além disso, a unidade escolar também conta com uma campanha de conscientização com cartazes, que tem o objetivo de promover a importância dos cuidados de prevenção ao vírus da Covid-19. O diretor da escola, por sua vez, também enfatiza que os protocolos devem ser entendidos como essencial por toda a comunidade escolar.

“Cartazes foram afixados no pátio escolar tentando trazer para o aluno a percepção da necessidade da gente também se cuidar e até porque [eles] tem parentes em casa e muitos desses parentes às vezes possuem alguma comorbidade. Nós servidores temos as nossas famílias. Então é fundamental que esse processo de segurança, essa atenção à biossegurança seja de todos, não da equipe gestora, não só dos professores e também não só dos alunos, mas de todos”, destacou. 

Cartazes com cuidados sobre a Covid-19 estampam corredores da unidade escolar. (Foto: Rogério Florentino)

Apesar do déficit, expectativa são boas

Para Thiago, o ano de 2020 foi marcado por mudanças. Ao analisar o processo atravessado pelo Liceu com a chegada da pandemia, o gestor reconheceu que um déficit educacional foi deixado como legado da interrupção presencial das aulas. 

“Esse período vai nos trazer uma deficiência muito grande na parte de conhecimento. Até porque a gente sabe que apesar de não termos parado, a efetividade dele [período] pode ser questionada por alguns, mas de uma forma geral é notória de que, infelizmente, você não consegue atingir todos os objetivos”, enfatizou Baldrighi. 

Apesar disso, o diretor da escola destaca que com a ciência desse déficit, por parte dos professores, e a retomada presencial, atualmente escalonada, o rendimento dos alunos, principalmente para aqueles que tiveram impactos mais relevantes, deve ser recuperado. 

"A partir de agora, nós estaremos retomando o processo de aula e vai carecer muito que os professores tenham consciência de que essa retomada com o aluno precisa se dar. O aluno precisa voltar a, verdadeiramente, ter o aprendizado daquilo que passou no ano de 2020”, completou. 

Estudantes esperam recuperar rendimento

Entre os estudantes, também é grande a expectativa de que com a retomada, mesmo escalonada, eles possam recuperar o fluxo educacional, interrompido fortemente pela pandemia. Este é o caso, por exemplo, de Eduarda Louzado, de 17 anos, aluna do 3º ano do ensino médio, que atualmente se prepara para fazer vestibular. 

Eduarda é estudante do último ano do ensino médio e está feliz com o retorno presencial. (Foto: Rogério Florentino)

“Foi bom [voltar presencialmente] porque fiquei muito tempo fora e as coisas não foram tão fáceis no online. É prazeroso voltar a um lugar que tu tava acostumado. [Espero] que dê muito certo e que eu consiga aproveitar esses últimos meses de aula, pra me sair bem no vestibular”, disse a jovem. 

Pedro Henrique Alves, de 17 anos, também integrante do 3º ano do ensino médio está no mesmo caminho. Prestes a fazer o exame que pode lhe garantir uma vaga na faculdade, ele cita as dificuldades que foram impostas pela pandemia. Uma mostra disso, a sua própria turma, da qual restaram  apenas três estudantes. 
 
Pedro disse que segundo e terceiro ano foram "fracos" para ele. (Foto: Rogério Florentino)

“Nosso terceiro ano e segundo ano foram fracos, a gente pode ser sincero. Os alunos depois que saíram do sistema normal e foram para o sistema híbrido eles não se acostumaram.  Pelo que mostraram hoje parece que vai ser muito bom. [Espero] aprender o triplo do que o segundo e esse ano [terceiro]”, finalizou Pedro.
 
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