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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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MEDO DE REPRESÁLIA

Dupla alega que não queria matar PM por espancamento e desconhecia que vítima era militar

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto/Reprodução

Dupla alega que não queria matar PM por espancamento e desconhecia que vítima era militar
Wesdra Victor Galvão de Souza, 29 anos, e Alan Patric Schuller, 27 anos, afirmaram não saber que Roberto Rodrigues de Souza, de 31 anos, seria policial militar, quando o espancaram em uma conveniência, na Rodovia Mário Andreazza, no dia 26 de julho. A informação foi dada durante depoimento ao delegado Olímpio da Cunha da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na noite desta quarta-feira (4).


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“Ambos falam no mesmo sentido, que foi um desentendimento de momento. Segundo eles, não tinham conhecimento da profissão da vítima, de que ele era policial militar. Com o desentendimento, eles disseram que não queriam chegar a esse término [morte]”, afirmou o delegado Olímpio em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (5).

“Quando saíram do local, eles não tinham certeza do que havia acontecido, nem que a vítima havia morrido. Quando tomaram conhecimento da situação, eles resolveram fugir por medo da retaliação”, acrescentou.  

Depois da morte do PM, os criminosos fugiram sentido a Nossa Senhora do Livramento e ficaram no Hipódromo Municipal Francisco Correa de Almeida, onde pegaram uma motocicleta já que o carro, um Gol verde, placas JYZ-1959, havia sido identificado pela Polícia.

O objetivo era ir até o Distrito Ribeirão dos Cocais, conforme relato de amigos que ajudaram na fuga. No entanto, eles desistiram e retornaram para a Capital.

A dupla deve responder por homicídio qualificado e podem pegar de 12 a 30 anos de prisão.

O caso

Roberto morreu após ser agredido pelos dois homens com socos e chutes na cabeça, em uma distribuidora, localizada na avenida Mário Andreazza, em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá). O agente de Segurança Pública teria ido usar o banheiro no estabelecimento, quando houve o desentendimento com os acusados.

Em nota, a distribuidora ‘Espaço VIP’ esclareceu que os envolvidos não estavam no estabelecimento consumindo bebidas ou se divertindo.  Eles estariam voltando de outro lugar e só pararam no local para usar o banheiro, onde começaram a discutir.
 
Câmeras de segurança mostram que o policial foi dar um soco em um dos homens e os dois partiram para cima do soldado, que não conseguiu se defender.

Após alguns socos, o policial caiu ao chão e os criminosos continuaram a chutá-lo, principalmente na região da cabeça. Duas mulheres que os acompanhavam tentaram sem muito sucesso contê-los. 

Depois disto, os amigos perceberam a demora e foram até o local, descobrindo o que havia acontecido. O soldado chegou a ser socorrido para o Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande (PSMVG).  Porém, não resistiu aos ferimentos. 

Soldado Rodrigues ingressou na Polícia Militar em novembro do ano de 2015. O militar estava lotado no 2º Comando Regional de Várzea Grande, chegou a trabalhar no GAP (Grupo de Apoio) do 4º Batalhão e atualmente trabalhava no Núcleo de Polícia Militar de Acorizal.  

O militar era solteiro e deixa três filhos pequenos. O Comando Geral da PM lamentou o óbito.  
 
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