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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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situação análoga a escravidão

Mulher deficiente é resgatada após ser vítima de trabalho forçado, impedida de comer e ter dinheiro de auxílio tomado

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Mulher deficiente é resgatada após ser vítima de trabalho forçado, impedida de comer e ter dinheiro de auxílio tomado
Uma mulher de 45 anos, que estava desaparecida há um mês, foi encontrada na manhã do último sábado (7) em uma residência no bairro Jardim Vitória, em Cuiabá. A vítima estaria sendo mantida em cárcere e sofrendo violência física e verbal dos próprios familiares. Com as investigações em andamento, a Polícia Federal trabalha ainda com a hipótese de que a mulher estava em condições de trabalho análogo a escravidão. 


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Durante o processo de busca pela vítima, a PF chegou a cumprir um mandado, no bairro Dom Aquino, em Cuiabá, para tentar localizá-la, mas sem sucesso. De acordo com informações repassadas pela Polícia Civil, que auxiliou nas buscas, a vítima estava em estado de vulnerabilidade e possui histórico de deficiência mental e física. O Núcleo de Pessoas Desaparecidas (NPD) foi quem conseguiu encontrá-la.

Olhar Direto apurou que a mulher vivia há aproximadamente quatro anos com sua prima, apontada como a responsável pelos abusos. Na residência onde elas moraram, a vítima sofria agressões diárias e era obrigada a executar todas as funções domésticas sem receber nada pelo trabalho. No mesmo terreno, residiam outras quatro famílias, que também se aproveitavam da condição de vulnerabilidade dela para cometer abusos. 

Conforme repassado, a vítima era obrigada a limpar a casa de cada família, além de fazer almoço, passar roupa e lavar a louça do restaurante que era mantido pela prima da mulher. Ainda de acordo com a apuração, a mulher que estava desaparecida dormia no chão da casa da casa da familiar, com apenas dois cobertores. 

Em um dos momentos descritos por uma testemunha ouvida pela polícia, a vítima não podia se alimentar durante a rotina, sendo que a tia teria chegado a dizer que ali não seria lugar "para engordar porco".

No horário de almoço ou jantar, a mulher era proibida de sentar na mesa junto da família, sendo autorizada a se alimentar só após concluir todo o trabalho doméstico. 

Além dos abusos físicos e psicológicos, a vítima sofria ainda abuso financeiro promovido por sua prima e tia. Cadastrada para receber o Auxílio Emergencial, consta que todo o valor recebido pela mulher era tomado pelas familiares. 

Por se tratar de um caso dentro da residência dos próprios familiares, a situação só chegou ao conhecimento da polícia após uma denúncia anônima. A Polícia Federal e a Defensoria Pública da União trabalham no caso para apurar a denúncia e responsabilizar os acusados pelos abusos. 

Até o momento não há informações detalhadas sobre o andamento das investigações.
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