Um dos políticos mais tradicionais de Mato Grosso, o ex-deputado Júlio Campos (DEM) voltou a criticar membros do Judiciário. Após questionar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por conta do voto impresso, o democrata provocou os ministros do Supremo Tribunal Federal (ST). A provocação teve início quando foi questionado sobre a prisão do também ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, na sexta-feira (13).

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Jefferson foi preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das milícias digitais. Na decisão que autorizou a prisão do político, o magistrado escreveu que o ex-parlamentar faz parte de uma “possível organização criminosa” que busca “desestabiliza as instituições republicanas”.

Júlio avaliou que Jeferson estava provocando muito e abusando em seus gestos e atitudes. “Mas é uma prisão polêmica, pois qualquer prisão tem que passar pelo Ministério Público. Meio inconstitucional e ilegal, mas hoje o Supremo é Supremo, manda em tudo nesse país. Está a cima da lei e da ordem. Não dá pra comentar as atitudes que o STF tem tomado recentemente. É o guardião e o rasgador da Constituição ao mesmo tempo”.

Jefferson está em prisão preventiva, que não tem prazo pré-determinado na legislação processual penal. O ex-deputado foi o pivô do escândalo do mensalão, em 2005, quando denunciou que o governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passava dinheiro a deputados da base em troca de apoio. Ele foi condenado, em 2007, há 7 anos e 14 dias de prisão, pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

Já sem mandato, nos últimos anos, o político se aproximou do presidente Jair Bolsonaro e começou a postar nas suas redes sociais fotos com armas e posts atacando membros do STF.