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Chegada da Ferronorte

Padeiro diz que ferrovia é ‘terceiro marco’ para Mato Grosso, que só acordou após a divisão

03 Set 2021 - 14:04

Da Redação - Isabela Mercuri / Do local - Airton Marques

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Padeiro diz que ferrovia é ‘terceiro marco’ para Mato Grosso, que só acordou após a divisão
O Secretário de Estado de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso, Marcelo de Oliveira, conhecido como ‘Marcelo Padeiro’, comemorou o chamamento público e ‘pontapé inicial’ para construção da Ferronorte em Mato Grosso, ferrovia que irá interligar Rondonópolis a Cuiabá e Rondonópolis a Lucas do Rio Verde. Para ele, este é o terceiro ‘marco’ do estado, que só “acordou após a divisão”, em 1977.


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O chamamento contou com apenas uma proposta, da empresa Rumo. O prazo para construção é de cinco anos após a assinatura da ordem de serviço, e o investimento previsto é de R$ 12 milhões. Segundo Padeiro, o empreendimento irá gerar um volume substancial de empregos. Após o recebimento da proposta, nesta sexta-feira (3), o Estado tem quinze dias para analisar e dar um retorno à empresa.

“É uma coisa histórica, é a nova realidade desse estado. Tivemos um marco inicial com o desbravamento do Cerrado, começamos lá embaixo, hoje somos o maior produtor de grãos, temos o maior rebanho bovino, estamos indo para outra revolução, que é a revolução do etanol do milho, onde vai ter o DDG que vai ser um alimento para proteína animal, e agora estamos indo para o terceiro marco, a terceira revolução no estado de Mato Grosso, que é a ferrovia entrando esta primeira porta e chegando até Lucas do Rio Verde com Cuiabá”, comemorou o secretário.

Padeiro afirmou que a Ferronorte não será um ‘braço’, mas interligará a ‘planície pantaneira’ com São Paulo e outros estados do Brasil. “Aqui tem interesse. Foi colocado no chamamento que aqui vai gerar interesse para quem vier com a ferrovia para cá. Então isso é muito importante, é importante para os produtores e para as outras intenções de ferrovias virem logo para o Estado, porque nós vamos daqui a pouco produzir mais grãos que a Argentina, e vamos precisar de mais ferrovias para que a gente possa fazer escoamento”, completou Padeiro.

Marcelo ainda lembrou que o Governo do Estado já prepara a interligação rodoviária com a ferroviária, com obras na MT-010, MT-130, MT-140 e MT-100. “Com todas as rodovias que o Governo está lançando dentro do estado de Mato Grosso, com todas as pontes, é para que realmente faça a interligação de modais rodoviário com ferroviário, isso daqui é o exemplo que nós estamos dando para o Brasil, para o mundo, o Estado do Cerrado do Centro-Oeste brasileiro dando ao mundo o exemplo da determinação, da luta de um povo”, afirmou.
Pós-divisão

O secretário afirmou também, durante coletiva de imprensa, que há espaço – e necessidade – em Mato Grosso para a construção de todas as ferrovias previstas. Segundo ele, Mato Grosso “acordou” após a divisão, é um estado novo e tem muito a crescer, inclusive com exploração mineral.

“Nós temos que entender que o Estado agora vai começar a exploração mineral em grande escala. Nós vamos precisar de mais ferrovias. Vamos precisar de mais, de duas, três, de quatro. Você não consegue tirar uma exploração mineral por avião e nem por caminhão, é muito complicado. É mais ferrovia. E ninguém vai conseguir exportar, tirar de dentro do Estado, num futuro, daqui a dez anos, 130, 140 milhões de toneladas. Tem que ter mais ferrovias. Tem que ter mais portos. Temos que aparelhar os portos. A grande verdade é isso, nós temos que ter os portos nacionais, tem que ser melhor estruturados, porque vai receber a demanda desse gigante que estava adormecido, e que dormiu durante muitos anos”, argumentou.

“O estado de Mato Grosso acordou pós-divisão, nós somos um estado novo, nós nascemos em 1977. Nós somos muito novos, temos 44 anos de existência. Antigamente o que era Mato Grosso? Eu estudei fora, eu chegava lá no Rio de Janeiro, todo mundo pensava que eu era produtor de gado do Pantanal, eu falava, não, meu pai é dono de padaria. ‘Mas seu pai não tem fazenda no Pantanal?’, porque Pantanal era o Pantanal, não tinha outra coisa em Mato Grosso. Hoje não. Em 44 anos nós saímos de uma produção de gado no Pantanal mato-grossense, do matadouro, para sermos o maior produtor de carne bovina, segundo ou terceiro de suínos, segundo ou terceiro de frango, o primeiro produtor de etanol de milho, o primeiro de gado, o primeiro de soja, o primeiro de algodão, o primeiro de milho, primeiro de girassol, primeiro de gergelim. Onde que nós vamos parar? Nós precisamos de mais investimento privado, precisamos da Assembleia junto, trabalhando, e precisamos que este governo continue para trazer mais desenvolvimento”, finalizou o secretário.
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