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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Operação Flor do Vale

Foragido, contador envolvido em latrocínio de advogado também arquitetou roubo de BMW em condomínio

Foto: Varlei Cordova/AGORAMT

Foragido, contador envolvido em latrocínio de advogado também arquitetou roubo de BMW em condomínio
As investigações da Polícia Civil de Juscimeira (163 km de Cuiabá) apontam que o empresário João Fernandes Zuffo, alvo da segunda fase da operação Flor do Vale, que visa apurar o latrocínio do advogado João Anaides Cabral Neto, ocorrido em julho deste ano, na zona rural da cidade, também arquitetou o roubo de uma BMW no mesmo condomínio onde houve o crime.


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De acordo com o delegado Ricardo de Oliveira Franco, as provas produzidas e indícios reunidos no inquérito demonstram a liderança do contador no planejamento e execução de diversos crimes patrimoniais ocorridos na região.

Ele planejava, apontava e indicava aos comparsas do grupo criminoso os lugares para executar os roubos, entre eles o que ocorreu no condomínio de chácaras onde três propriedades foram alvos do grupo e em uma o advogado foi morto.

O contador tem uma chácara no mesmo condomínio onde ocorreu o latrocínio e na data ele estava na propriedade, onde aguardava a conclusão do roubo, se passando por vítima.

Três dos criminosos identificados na investigação do latrocínio já estão presos. Um deles é funcionário do contador. A investigação identificou ainda a participação dele, do patrão e de outros dois em outro roubo cometido também contra um advogado, em dezembro do ano passado, quando foi levado um veículo BMW da vítima, no mesmo condomínio de chácaras em Juscimeira onde João Anaídes foi morto.

Na ocasião, o contador estava presente no local do roubo e se passou por vítima.

“É uma organização criminosa que conseguimos desmantelar, com a identificação de todos os envolvidos e a prisão de alguns deles. Os demais estão com os mandados expedidos e que tentaremos cumprir”, esclareceu o delegado responsável pelas investigações.

A Operação Flor do Vale contou com apoio da Delegacia Regional de Rondonópolis.

Latrocínio

As investigações identificaram o envolvimento de oito pessoas no latrocínio do advogado, sendo que três delas já estão presas.

O grupo invadiu o condomínio de chácaras Flor do Vale, roubou algumas propriedades e na última delas, em que estava a vítima, amarrou as pessoas que estavam na casa. O advogado João Anaides e mais uma vítima do assalto foram amarradas separadamente em um banheiro. Os suspeitos começaram a subtrair objetos pessoais das vítimas e logo em seguida foi ouvido um disparo de arma de fogo vindo do banheiro.

A vítima que estava trancada no banheiro junto com o advogado relatou que um dos suspeitos arrombou a porta e efetuou um disparo na cabeça de João Anaides. Após o disparo, os criminosos fugiram do local levando duas camionetes, uma delas, do advogado.

Outro lado

A assessoria jurídica do empresário Zuffo emitiu uma nota em repúdio a operação e a considerou “arbitrária e abusiva”.

Ainda conforme a nota, um funcionário do empresário é investigado pela suposta participação do assassinato. Em razão disso, Zuffo teria se colocado à disposição para colaborar com as investigações.

Veja a íntegra:

A assessoria jurídica do empresário João Fernandes Zuffo, da Zuffo Assessoria Contábil, em Rondonópolis (MT), vem a público repudiar a operação deflagrada pela Polícia Judiciária Civil, na sede da empresa do Sr. João, na manhã desta sexta-feira (17), a qual consideramos arbitrária e abusiva. 

Esclarecemos que um funcionário de João Zuffo é investigado por suposta participação no assassinato de um advogado, em Juscimeira, em julho de 2021, e em razão disso, João Fernandes Zuffo se colocou à disposição da PJC para colaborar com as investigações. 

Ocorre que, sem elementos constitutivos, João Zuffo passou a ser alvo da investigação, somente por ser patrão do suposto investigado. De pronto, a fim de resolver essa situação de maneira célere, seus advogados foram até a Delegacia de Polícia Civil para obterem cópia do procedimento, sendo negado pela Autoridade Policial, caracterizando o delito descrito no artigo 32 da Nova lei de Abuso de autoridade (13.869/2019).

A cópia do procedimento somente foi fornecida três semanas após solicitado. Além disso, consta apreendido na Delegacia de Polícia de Juscimeira - MT, veículo de propriedade do senhor João Zuffo, veículo no qual já foi submetido a perícia e não há nenhuma necessidade de ali permanecer. Porém, como as práticas abusivas não cessam, a Autoridade Polícia, mesmo tendo um pedido de restituição formal em suas mãos, nega qualquer despacho ou a restituição.

É inconcebível que após mais de 60 dias do fato trágico que levou a óbito o advogado no lago de Juscimeira, acreditar que uma diligência de busca e apreensão resolveria o caso em tela. Essa atitude somente serviu para manchar a imagem da pessoa que sempre se prontificou em ajudar a cooperar com as investigações e não tem participação nenhuma com o crime investigado. 

Além disso, um dos advogados de João Zuffo foi impedido de acompanhar a diligência de busca e apreensão. Conforme termo juntado no próprio inquérito, uma testemunha relata a prática de tortura psicológicas a fim de se obter "a verdade real". É deste modo que o Estado trabalha e exerce suas funções? 

Reforçamos que o empresário possui endereço físico há mais de 30 no município de Rondonópolis, tendo reputação conhecida e serviços filantrópicos prestados à comunidade, condecorado com inúmeros títulos e beneméritos de várias entidades.

João construiu sua carreira sólida no Município de Rondonópolis - MT e não precisaria, em hipótese alguma, formar quadrilha para praticar roubos, tampouco contra seus próprios amigos e vizinhos de rancho. Todos os bens de João Zuffo são de fácil comprovação, oriundos de seu excelente trabalho, porém, como dito acima, a Autoridade Policial não possui essas informações, pois, pratica, a todo instante, cerceamento de defesa do senhor João Zuffo. 

Ademais, as devidas providências já estão sendo tomadas e a Corregedoria da Polícia Civil foi acionada.

Bruno Balata e Douglas C. A. Lopes – Advogados.
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