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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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DANILO TRENTO

Cuiabano sofre ameaça de prisão por permanecer calado e responde em CPI da Covid que não tem envolvimento com família Bolsonaro

Foto: Pedro França - Estadão

Cuiabano sofre ameaça de prisão por permanecer calado e responde em CPI da Covid que não tem envolvimento com família Bolsonaro
O empresário cuiabano e diretor institucional da Precisa Medicamentos, Danilo Berndt Trento, esteve presente, na manhã desta quinta-feira (23), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 no Senado. Para a maioria das perguntas, no entanto, Trento preferiu permanecer em silêncio. Ele respondeu apenas que não tem nenhum envolvovimento com a família Bolsonaro e, de forma irônica, disse que não participou de morte do ex-presidente da República, Getúlio Vargas. 


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A oitiva de Trento foi um pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O motivo de sua convocação foi para saber qual o grau de envolvimento dele com Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, empresa que representou a indiana Bharat Biotech, fabricante da Covaxin, no contrato para compra dos imunizantes pelo Ministério da Saúde. 

Alguns senadores acreditam ainda que Danilo Trento tenha relações comerciais com o suposto dono da FIB Bank, Marcos Tolentino. A FIB Bank foi a empresa escolhida pela Precisa para oferecer garantia no contrato de compra da vacina. Apesar do nome, não se trata de um banco e, pelas investigações, a instituição não teria condições mínimas de arcar com a garantia oferecida.

Antes de ser ouvido, Trento foi amparado por decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, que garantiu o direito de não assinar termo de compromisso na qualidade de testemunha e o de não responder sobre fatos que impliquem autoincriminação durante seu depoimento.

Por Trento não ter respondido à maioria das perguntas, membros da comissão reagiram e chegaram a sugerir sua prisão, principalmente por não saber ou não responder o endereço da empresa Precisa. "O senhor não saber onde o senhor trabalha é uma informação primária. Vamos parar de perder tempo e vamos mandar prender", disse um membro da CPI.

Outro ponto alto da comissão foi a briga entre o relator Renan Calheiros (MDB-AL) e o senador Jorginho Mello (PL-SC), aliado do presidente Jair Bolsonaro, que protagonizaram uma discussão pesada, com xingamentos e quase foram para o confronto físico. Eles tiveram que ser contidos pelos demais senadores do colegiado.

Bem instruído pelos seus advogados, Trento continuou a maior parte do tempo em silêncio e não prestou mais informações sobre seu envolvimento com as empresas citadas ou com a família do presidente Jair Bolsonaro. A CPI teve mais de três horas de duração. 
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