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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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Menina segue desaparecida

Mãe acusa advogado de sequestrar a própria filha com ajuda de familiares após ela passar recesso escolar com ele

Foto: Reprodução/Ilustração

imagem ilustrativa

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O advogado J.V.A.P.A. é acusado pela ex-mulher, a enfermeira M.P.A, de ter sequestrado a própria filha do casal de oito anos. O caso aconteceu após a menor ir passar o recesso escolar com o pai, sendo que deveria ter sido devolvida em meados de julho para a mãe, que desde então não vê mais a filha. Familiares do homem teriam ajudado a levar a menina para o Sul do país. O advogado disse que não iria se posicionar e que acionaria a Justiça em caso de publicação da matéria. Os nomes foram abreviados por envolver menor de idade.


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O advogado e a enfermeira estão separados e haviam feito um acordo que estipulou guarda compartilhada e convivência em finais de semana alternados/duas vezes por semana. A menina vive com a mãe e um irmão de seis anos, em Cuiabá. Já o advogado tem residência em Bauru, no interior de São Paulo.
 
Consta na denúncia da mãe que ele já teria descumprido por três vezes com o acordo, com o intuito de alterar o domicílio da criança e impedir a convivência com ela. Porém, nas duas primeiras, ele devolveu a menina sem que fosse necessária realizar a busca e apreensão da menor.
 
Em razão dos fatos, a defesa da enfermeira entrou na Justiça, temendo que em uma próxima oportunidade o advogado pegasse a criança e não mais devolvesse. Porém, o juiz do caso disse que iria analisar a suspensão da convivência após a realização do estudo psicossocial, o que não aconteceu até o presente momento.
 
No dia 14 de julho deste ano, a menina foi entregue ao pai, para que ela passasse o recesso do mês, fixando data da devolução da menor no dia 18 de julho, o que não aconteceu.
 
Em razão do último descumprimento foi determinada nova busca e apreensão da criança. Porém, ela não foi encontrada. Na ocasião, o advogado teria supostamente escondido a filha e ainda desacatado os policiais.
 
A mãe da criança voltou para Cuiabá após passar dez dias em Bauru (SP) tentando localizar a filha. O juiz foi informado do fato, determinando que houvesse nova busca e apreensão da criança com reforço policial.
 
No dia 14 de setembro, a enfermeira foi novamente para o interior paulista, onde tentou-se cumprir pela quarta vez o mandado de busca e apreensão da menor. Porém, o pai da criança, junto com avó paterna, permaneceu escondendo-a, conforme a denúncia.

Olhar Direto teve acesso a dois boletins de ocorrência, sendo um de 2016 e outro registrado no dia 18 deste mês, com a mesma versão apresentada pela mãe da criança. 

A reportagem também encontrou outro boletim de ocorrências, de 2016, em que o advogado relata que a mãe mandou mensagem no WhatsApp relatando que não deixaria a filha com ele no fim de semana, mesmo com uma ordem judicial que permitia. 

Nesta quinta-feira (23), o oficial de justiça com reforço policial foi cumprir a busca e apreensão e ficou sabendo que a avó e a bisavó, ambas paternas, teriam supostamente sequestrado a menina e a levado para Camboriú (SC), na intenção de não entregá-la para a mãe.
 
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi imediatamente informada e localizou as duas mulheres na estrada, retornando da cidade de Ourinhos (SP). Nesta cidade, a avó paterna teria entregue a criança para uma tia, para que ela levasse a menor até o interior catarinense.
 
A avó e bisavó paternas foram teriam sido conduzidas por desacato a autoridade. Agora, a Polícia Federal Rodoviária encontra-se tentando localizar a tia paterna e a criança.
 
A enfermeira está sem ver a filha desde o dia 14 de julho. Segundo ela, o irmão da menor chora por diversas vezes querendo ver a irmã.

Outro lado

Olhar Direto entrou em contato com o advogado, que não quis se posicionar e ameaçou entrar na Justiça para que o caso não fosse divulgado. "O processo corre sob segredo de Justiça e envolve menor. Qualquer matéria vinculada neste sentido, será objeto de ação judicial. Boa noite e muito obrigado".

O espaço segue aberto para posteriores manifestações e também para que o advogado possa dar sua versão sobre os fatos narrados acima.
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