Ao Olhar Direto, o parlamentar contou como Pellegrini está se sentindo. “Está envergonhado pelo ocorrido e decepcionado pela forma como estão tentando desconstruir sua reputação, seu nome e a própria instituição Polícia Militar”, afirma.
“Desde o dia do ocorrido [ele fala em arrependimento], quando estava na delegacia ainda, já reconheceu que estava errado quanto a agressão, por ter perdido a cabeça”, pontua.
Paccola foi instrutor de Pellegrini no Curso de Formação de Oficias (CFP) e no Batalhão de Operações Especiais (Bope). Eles também são sócios de empresas que compõem o grupo Força e Honra
À reportagem, Paccola enviou uma nota de retratação pública assinada por Sávio. “Dito isso, me retrato, tendo em vista que respeitar o outro significa respeitar a si mesmo. Não é aceitável que um ser humano seja maltratado, confesso que também caracterizei como lamentável o fato ocorrido”, diz trecho do documento.
“Peço consideração quanto ao erro cometido, que, ademais, serve para que possamos sempre crescer e aprender como esposo, pai de família e agente público, com o objetivo de não servir de mau exemplo, mas sim, no bom exemplo que tenho que dar”, acrescenta.
Pellegrini ressaltou ainda que se trata de um episódio isolado que não representa a Polícia Militar. “Em razão disso, exerço a retratação pública, comunicando a todos que não me causou felicidade o meu erro. Nesse sentido, me coloco a disposição em especial da Família do Sr. Yuri A. Vieira Jorge no sentido de pedir perdão ao seu filho”, diz.
O tenente-coronel finaliza dizendo que “a Bíblia fala muito sobre arrependimento. É normal que, como humanos, acabemos errando em nossas atitudes e desagradando a Deus e ao próximo. E, só Deus nos ajuda a chegar ao verdadeiro arrependimento (2 Timóteo 2:25). Dessa forma, deixo aqui minhas sinceras desculpas e demonstração do meu arrependimento”.
A agressão
O adolescente teria ido recepcionar um colega no último dia 18, quando teria passado pelo hall do prédio e esbarrado no militar, que carregava uma cadeira nas costas. Sávio então teria supostamente questionado se ele não teria o visto, e o adolescente respondeu: ‘não’.
Em seguida, as imagens mostram o policial voltando em direção ao adolescente, após deixar a cadeira no chão e atingindo-o com o primeiro soco, empurrando-o para dentro do prédio, em seguida. Depois, com os menores já do lado de fora, o PM retorna e desfere mais um soco contra a vítima.
Na ocasião, a mãe do colega do garoto, que é procuradora do Estado, tentou intervir na situação e pediu que Sávio fosse embora para seu apartamento.
Ambas as partes foram encaminhadas para a Central de Flagrantes e no local, o pai do adolescente teria, supostamente, dado um soco no rosto do policial.
Procurada, a Corregedoria Geral da Polícia Militar informou que tomou ciência sobre o caso e acrescentou que um Termo Circunstanciado de Ocorrência foi confeccionado (TCO). A instituição disse também que já instaurou procedimento legal cabível de apuração.