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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Briga no Despraiado

Estudante de medicina afirma ter sido agredido por PMs de forma covarde e torturado; veja relato de testemunhas

Foto: Reprodução

Estudante de medicina afirma ter sido agredido por PMs de forma covarde e torturado; veja relato de testemunhas
O estudante de medicina Rodolfo Canavarros falou com a reportagem do Olhar Direto, na noite desta segunda-feira (27), com o intuito de complementar a versão apresentada por ele no boletim de ocorrências e citado na matéria sobre a briga ocorrida no Bairro Despraiado, em Cuiabá, na madrugada de sábado para domingo. Conforme o universitário, G.P. e T.M., que teriam agredido-o de forma covarde: “Fui torturado e ainda sai como errado”. Vídeos de testemunhas foram apresentados à reportagem, suportando a versão de Rodolfo.


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À reportagem, Rodolfo confirma a versão do boletim de ocorrências (apresentado na matéria anterior) de que seguia pela Rua Osvaldo da Silva Correia, no Bairro Despraiado, quando acabou colidindo com a traseira do carro de T.M. “Ele não estava em horário de serviço. Inclusive, estava com cara de quem estava tonto. A mulher dele fazia um escândalo. Eu disse que tinha seguro, que ia pagar, sem problema”.
 
“Começou a desavença no momento em que ele falou que eu não ia sair de lá sem apresentar nada. Ele também não me mostrou que era realmente policial. Um pouco antes, disse que ia dar um tiro em mim, por isso verifiquei se ele estava armado, como aparece no vídeo. Porém, a filmagem, feita pela esposa dele, foi cortada justamente no momento em que ele me deu um soco, sem eu estar olhando”, completa o estudante.
 
Rodolfo alega que foi atingido pelo primeiro soco do policial quando tirava sua camisa e estava de lado. “Eu ia partir para as vias de fato, mas de forma correta, frente a frente. Porém, ele foi covarde e me atingiu quando eu estava de lado. Eu já cai no chão, ele foi chutando meu rosto, corpo. Bati a cabeça no chão”.
 
Ainda segundo a versão do jovem, foi a esposa que ligou para o outro PM. “Ele chegou, colocou a arma na minha cara, desferiu mais um monte de pancada, chute na cabeça. Minha cabeça está cheia de calombo. Se a gente tivesse chegado às vias de fato, gostaria que ele demonstrasse pelo corpo de delito. Eu nem encostei a mão nele”.
 
Foram apresentados também à reportagem vídeos de três testemunhas que teriam presenciado o fato. Elas contam que viram o estudante ser espancado pelos policiais e que eles mandaram que eles entrassem em suas casas. Além disto, teriam sido impedidas de gravar a ação.
 
 
As testemunhas ainda confirmam que o jovem teve a cabeça chutada enquanto estava caído e que teria, inclusive, desmaiado por alguns segundos após bater a cabeça no chão.
 
“Não deixaram ninguém filmar. Ameaçaram todo mundo. Mas as testemunhas todas viram o que aconteceu. Disseram que eles passaram duas vezes hoje de moto no local. Quiseram coagir as testemunhas. Esta é a realidade dos fatos. Naquela hora eu estava realmente estressado. Até porque, não sabia se ele realmente era policial”, continua o estudante.
 
Por fim, o estudante afirma que tem receio de sair de casa, já que os dois são policiais e andam armados. Além disto, critica a atitude deles: “Esses dois [...] são uma desonra para a Polícia Militar. Meu pai serviu à PM durante 30 anos. Nunca fez isso na vida dele. Meu pai é uma pessoa respeitada na instituição. Esse vídeo que divulgaram foi cortado. Fui espancado, torturado e ainda sai como o errado da história”.
 
Versão dos PMs
 
O T.M. também registrou um boletim de ocorrências contra Rodolfo e deu uma versão diferente. Segundo relatos, ele e sua esposa seguiam em um Ford Ecosport pela Rua Osvaldo da Silva Correia, quando um VW Polo, conduzido por Rodolfo, colidiu com a traseira de seu veículo.
 
Ainda conforme o boletim com a versão do PM, ele e sua esposa então desceram do carro e tiraram fotografias do acidente, por observarem que Rodolfo estava extremamente exaltado, agressivo, provocando e insinuando que iria agredir o policial e sua esposa.
   

Foi então acionada uma equipe da PM para prestar apoio. Enquanto esperavam a chegada da PM Rodolfo teria dito que ia embora do local, mas foi impedido por T.M.
 
Eles se desentenderam até a chegada do irmão de Rodolfo, que teria negociado com T.M., dizendo que arcariam com os danos. Quando a PM chegou ao local as partes já teriam entrado em acordo.
 
O espaço também segue aberto caso os dois policiais queiram apresentar o complemento de suas versões sobre os fatos, assim como fez o universitário.
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