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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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Ex-gestor foi preso

Alvo de operação da PF contra desvios na Saúde segue foragido e figura como sócio da esposa de ex-secretário

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Alvo de operação da PF contra desvios na Saúde segue foragido e figura como sócio da esposa de ex-secretário
O empresário Liandro Ventura da Silva, terceiro alvo da ‘Operação Cupincha’, deflagrada na quinta-feira (28), com objetivo de investigar atos de corrupção e lavagem de capitais, envolvendo o desvio de recursos públicos destinados à saúde, continua foragido. Na ação, foram presos também o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues e a pessoa da qual ele também seria sócio-oculto, Paulo Roberto de Souza Jamur.


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Segundo a Polícia Federal, Liandro segue foragido. Ele foi procurado em diversos endereços pelos agentes na data de ontem, mas não foi encontrado. Contra ele, assim como os outros alvos, há um mandado de prisão preventiva, que não tem data para expirar.
 
Liandro aparece como sócio de Joany Costa de Deus, esposa do ex-secretário na Cervejaria Cuyabana. Para a Polícia Federal, os indícios e provas encontradas até o momento apontam que, na verdade, a empresa pertence a Célio Rodrigues.
 
Parte do montante desviado pelo grupo teria sido utilizado pelo ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues, para comprar a Cervejaria Cuyabana, em fevereiro deste ano, do empresário e delator da Operação Rêmora, Ricardo Sguarezi.
 
Conforme o delegado de Polícia Federal Charles Cabral, responsável pelo inquérito, ainda não é possível quantificar a quantidade que foi desviada pelo grupo. Porém, os pagamentos feitos e ‘quarterizados’ pelas empresas envolvidas no esquema, superaram a ordem dos R$ 100 milões.
 
Liandro também aparece como proprietário da empresa Ventura Prestadora de Serviços Médicos Hospitalares (Hospmed Servicos Medicos e Hospitalares), que presta serviços para a Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso (Metropolitano e Santa Casa) e também ao Centro de Especialidades Médicas de Diamantino.
 
Após o ingresso dos recursos nas contas das empresas intermediárias, muitas vezes com atividades econômicas incompatíveis, os valores passavam a ser movimentados, de forma fracionada, por meio de saques eletrônicos e cheques avulsos, de forma a tentar ocultar o real destinatário dos recursos.
 
A movimentação financeira também se dava nas contas bancárias de pessoas físicas, em geral vinculadas às empresas intermediárias, que se encarregavam de igualmente efetuar saques e emitir cheques, visando a dissimulação dos eventuais beneficiários.
 
Paralelamente, o grupo empresarial investigado na primeira fase da Operação Curare promovia supostas “quarteirizações” de Contratos Administrativos, que viriam a beneficiar, em última instância, o servidor responsável pelas contratações com a Secretaria Municipal de Saúde e Empresa Cuiabana de Saúde Pública, incluindo o pagamento de suas despesas pessoais.
 
Como se apurou na primeira fase da Operação Curare, um grupo empresarial, que fornece serviços à Secretaria Municipal de Saúde do Município de Cuiabá/MT e que recebeu, entre os anos de 2019 e 2021, mais de 100 milhões de reais, manteve-se à frente dos serviços públicos mediante o pagamento de vantagens indevidas, seja de forma direta ou por intermédio de empresas de consultoria, turismo ou até mesmo recém-transformadas para o ramo da saúde.
 
Ao todo, foram expedidos 13 mandados de busca e apreensão nas cidades de Cuiabá/MT e Curitiba/PR, além da efetivação de três prisões preventivas (um está foragido) e de medidas de sequestro de bens, direitos e valores.
 
O delegado Charles Cabral, responsável pelo inquérito, pontuou que não foi possível precisar o valor dos bens sequestrados nesta data e que o montante apreendido ainda está sendo quantificado. Há uma grande quantidade de materiais físicos e digitais, que devem servir para futuras operações.
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