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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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‘Negrinho vagabundo’

Acusado de injúria racial contra preparador físico, presidente do Nova Mutum pede afastamento do cargo

Foto: Reprodução

Acusado de injúria racial contra preparador físico, presidente do Nova Mutum pede afastamento do cargo
O presidente do Nova Mutum, Anir Siqueira, pediu afastamento do cargo, após a polêmica de suposta injúria racial ocorrida no domingo (31), durante a partida entre o União de Rondonópolis e o Novo Mutum, pela Copa da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), quando ele teria chamado o preparador do time adversário de “negrinho, vagabundo”.


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Em nota, o Nova Mutum confirma o afastamento do presidente para “com objetivo da busca da verdade real e por razões pessoais (...) para que o fato seja devidamente esclarecido”. Além disto, destaca que Anir é empresário local, membro da direção FMF e “vem atuando brilhantemente em seu papel há anos”.
 
Ainda segundo a nota, o Nova Mutum (comissão técnica, diretoria e organização) se prontificam a esclarecer todas as dúvidas pertinentes ao assunto e assevera que não compactua com qualquer atitude desrespeitosa.
 
“Logo, diante de todo o ocorrido, busquemos nesse momento, a devida cautela nos comentários, posto que, antes do devido processo legal, um julgamento arbitral afasta a empatia, podendo acarretar danos irreparáveis aos envolvidos, além de promulgar o ódio e a discordância social”, finaliza a nota.
 
O caso
 
Conforme boletim de ocorrência registrado pelo preparador do União, Jaques Douglas Silva Lima, por volta das 14h50, ao pedir uma bola para o aquecimento dos atletas ao juiz Luiz Paulo, o presidente do Nova Mutum, que estava próximo, passou a ofendê-lo.
 
“Negrinho vagabundo, aqui você não tem bola nenhuma não. E, as bolas que você quer estão lá no campo, pode sair daqui, seu negrinho”, teria dito, conforme descreve o B.O.
 
O fato ocorreu antes do início da partida e o caso foi comunicado à Polícia Civil ao fim, depois que o União venceu por 1 a 0. Jaques também relatou ter desejo de representar criminalmente contra o juiz.
 
Em nota, a Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) afirmou que é contra qualquer atitude discriminatória.
 
Por isso, vai acompanhar junto às autoridades competentes, os fatos denunciados pela equipe do União Esporte Clube.

Veja a nota completa:

O Nova Mutum Esporte Clube, através de sua diretoria, tomou conhecimento do episódio relatado através das mídias sociais, no qual na data de 31 de outubro de 2021, o preparador físico do União Esporte Clube registrou um Boletim de Ocorrência alegando ofensas proferidas pelo Presidente deste clube, onde este haveria proferido palavras que caracterizariam o fato de injúria preconceituosa.

Cabe aqui ressaltar que ao longo da formação do Nova Mutum Esporte Clube – fundado em 1988 – nunca ocorrera qualquer episódio semelhante. A diretoria pede a toda a sociedade, torcedores e amantes do futebol, as mais sinceras desculpas por tal envolvimento e publicidade negativa.

Infelizmente o fato que vem sendo veiculado nos mais diversos meios de comunicação, sem a devida empatia, cautela e respeito à imagem dos supostos envolvidos é deveras prejudicial e constrangedora.

O membro diretor suspeito, que é empresário local, membro da direção FMF e que vem atuando brilhantemente em seu papel há anos, com objetivo da busca da verdade real e por razões pessoais, na tarde de ontem, requereu seu afastamento do cargo, para que o fato seja devidamente esclarecido.

A comissão técnica, diretoria e organização se prontificam a esclarecer todas as dúvidas pertinentes ao assunto supramencionado, e afirmamos ainda que não pactuamos com qualquer atitude desrespeitosa, quão mais, mas não exclusivamente no que tange à raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou deficiência.

Seja no convívio societário, seja dentro ou fora do campo, devemos nos pautar tão somente na disputa cordial e profissional, deixando o ódio e a formação de opiniões desidiosas fora daquele que é o esporte mais popular e bonito do mundo. No clube temos como praxe o dizer de que a única diferença de cor é só a camisa dos jogadores.

Logo, diante de todo o ocorrido, busquemos nesse momento, a devida cautela nos comentários, posto que, antes do devido processo legal, um julgamento arbitral afasta a empatia, podendo acarretar danos irreparáveis aos envolvidos, além de promulgar o ódio e a discordância social.

 
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