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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Sérgio Ricardo nega ter comprado vaga no TCE e manda recado a interessados no cargo: “só sairei dessa cadeira aos 75 anos"

Foto: Reprodução

Sérgio Ricardo nega ter comprado vaga no TCE e manda recado a interessados no cargo: “só sairei dessa cadeira aos 75 anos
Em sua primeira sessão após retorno ao Tribunal de Contas (TCE-MT), o conselheiro Sérgio Ricardo tratou de negar que tenha comprado sua vaga. A suspeita é investigada em ação na Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular de Cuiabá, que o afastou do cargo em janeiro de 2017. Além disso, adiantou que só pretende deixar o cargo quando chegar aos 75 anos e for obrigado a se aposentar (hoje tem 62 anos).


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“Cheguei aqui por quem sempre fui. Fui trazido para essa cadeira. Essa cadeira é minha, é conquistada. Único capital que usei para estar aqui foi o político e de credibilidade que tinha dentro da Assembleia. Vim para cá por unanimidade dentro da Assembleia Legislativa. Vim por vontade dos deputados. Se existe legitimidade, ela esteve justamente na forma com que fui conduzido para cá”, declarou.

Só sairei dessa cadeira aos 75 anos e vai demorar um pouco para chegar. A quem possa interessar, já fica aqui o comunicado

“Só sairei dessa cadeira aos 75 anos e vai demorar um pouco para chegar. A quem possa interessar, já fica aqui o comunicado”, completou.

Sérgio ainda afirmou que não poderia voltar ao TCE-MT adotando um discurso “triste e com mágoas”. Afirmou que não se considera injustiçado e que retorna melhor do que estava quando foi retirado de sua cadeira.  

“Sou muito fã de alguns personagens bíblicos e eles me dizem muito. Me dizem que ninguém pode chegar na terra prometida sem passar pelo deserto. Cada um de nós temos nossos desertos a passar e em alguns casos cheio de injustiça, como o meu e de outros colegas. Mas, passou”, disse.

“Tem outra passagem também, na qual diz que nem tudo são perdas. Na grande maioria das vezes é livramento. Não considero o tempo que passei fora daqui como perda, penso que pode ter sido livramento. Para aprender mais e hoje estar aqui. Hoje é simples assim, tudo passou”, afirmou.

O conselheiro é acusado de comprar sua vaga no órgão com dinheiro obtido de forma ilícita, por meio de suposto esquema de corrupção durante a gestão do ex-governador Blairo Maggi (PP).

A decisão que afastou Sergio Ricardo do TCE-MT atende a uma ação de improbidade administrativa do Ministério Público Estadual (MPE) relativa à Operação Ararath, que investiga crimes de lavagem de dinheiro desviado de órgãos públicos de Mato Grosso.

Na ação civil pública, o MPE apontou que Sérgio comprou a vaga de Alencar Soares com a utilização de recursos obtidos de esquemas de corrupção. O valor da cadeira, segundo as investigações, foi de R$ 12 milhões - tendo sido confirmado o recebimento por Alencar de R$ 4 milhões, conforme o MPE.

Sérgio voltou a ser afastado em setembro de 2017, no âmbito da Operação Malebolge, da Polícia Federal. Além dele, Antonio Joaquim, José Carlos Novelli, Valter Albano e Waldir Teis também foram afastados, acusados de receberem propina para não atrapalhar obras do Governo Silval Barbosa.

Todos os conselheiros afastados foram reconduzidos ao cargo. Sérgio foi o último, só retornou quando seu primeiro afastamento foi derrubado, por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
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