O deputado estadual Carlos Avallone, presidente estadual do PSDB, afirmou que não acredita que o ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB) saia do partido, e nem mesmo que ele apoiará o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em 2022. A afinidade de Leitão com o presidente é conhecida, mas Avallone acredita que, no próximo ano, ele estará com o candidato tucano na campanha à presidência.

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“O Nilson Leitão é filiado ao PSDB desde quando eu me filiei. (...) no meu caso foi a primeira filiação e acho que no caso dele também. Ele foi vereador, prefeito duas vezes, deputado estadual, deputado federal duas vezes, candidato ao senado duas vezes... sempre foi PSDB. Teve momentos em que, principalmente no governo Blairo Maggi, que ele era prefeito já em fase de reeleição e foi convidado inúmeras vezes para fazer parte do governo. e sempre foi oposição, sempre se posicionou de forma correta dentro do partido. Então eu não acredito que o Nilson Leitão vá sair do PSDB e ele tem dito a mim que não sairá”, defendeu o presidente do partido na manhã desta sexta-feira (5).

Avallone, inclusive, disse não acreditar que Leitão apoiará Bolsonaro. “Não acredito que ele vai apoiar o presidente Bolsonaro. Eu não acredito. Eu não sei o que ele está dizendo. Não sei se vocês já fizeram essa pergunta, tá? Mas eu acho que ele vai votar nas prévias, ele vai escolher um candidato do PSDB e eu acho que no final das contas ele vai estar junto com o PSDB. Na minha opinião”.

Leitão é um dos representantes do Agro e atualmente presidente do Instituto Pensar Agro. Avallone acredita, no entanto, que mesmo este setor esteja se afastando de Bolsonaro.  “Nos estados do agro o Bolsonaro está caindo e vai continuar caindo. Embora eu tenha certeza que quem vota no Bolsonaro, quem vota no PSDB, no final das contas vai votar junto para não votar no Lula, só que eles acreditam que é o Bolsonaro que vai contra o Lula ou contra alguém da esquerda”, afirmou o presidente do PSDB.

Para Avallone, Bolsonaro não irá nem concorrer à presidência em 2022. “Tenho convicção que não será, certo? Então, na minha opinião, é que isso não acontece, porque na semana passada e anterior, [ele~] começou a trabalhar com o centrão no Congresso Nacional a criação de um cargo de senador para ex-presidente da República. Se eu tenho um candidato a presidente que eu confio, eu vou trabalhar uma segunda via, uma alternativa para o candidato a presidente ser senador vitalício para lhe dar imunidade ou garantias? Então muito estranho isso. O próprio centrão já trabalha com a possibilidade do Bolsonaro nem se candidatar. Eu não estou dizendo que ele não vai ser, mas acho que existe grande possibilidade disso acontecer sim, não por causa de impedimentos. Por causa de decisão”, finalizou.