O deputado estadual Carlos Avallone, presidente estadual do PSDB, afirmou que se fosse vereador votaria contra a ‘comissão processante’ para investigar o prefeito afastado Emanuel Pinheiro (MDB). Segundo ele, que é advogado, a questão deve ser levada pela justiça e não pela Câmara Municipal.

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“A justiça está agindo, a justiça está trabalhando, a justiça não é política, ela é justiça, ela tem um processo e o tempo do processo não é o tempo da política. O fato que afastou o Prefeito, este afastamento é em cima da prisão do Huark e daquelas operações na Prefeitura. Em que momento? No primeiro mandato. Este é o fato que está acontecendo. Este fato quando nós fomos às urnas, todos fomos às urnas, isso já havia acontecido”, explicou o parlamentar. “Politicamente este assunto já foi discutido com a população e a população votou, então essa é uma questão jurídica. Neste momento outros fatos devem ser analisados pela Câmara, mas se eu estivesse na Câmara eu votaria para não aceitar a denúncia”.

Na última semana, foi colocada em votação na Câmara a criação de uma Comissão Processante, proposta por vereadores da oposição. Após uma confusão entre Sargento Vidal (PDT), Michelly Alencar (DEM) e Juca do Guaraná Filho (MDB), no entanto, o encontro foi encerrado antes da votação começar. Ela deve acontecer na terça-feira (9).

Para Avallone, não há que se falar em cassação do mandato de Emanuel principalmente porque os fatos investigados pela justiça teriam acontecido no primeiro mandato do prefeito, que foi democraticamente reeleito. O deputado também lamentou as discussões ocorridas na Câmara e defendeu que os vereadores se desculpem.

“É um fato extremamente desagradável, com vários erros e que as pessoas precisam se reposicionar. Aqueles que erraram tem que pedir desculpa para que as coisas não piorem e deixem numa situação na Câmara que fique insustentável o relacionamento das pessoas lá dentro, né? Quero parabenizar o vereador Vidal que se posicionou claramente, se sentiu ofendido e se posicionou claramente. A gente tem que tomar muito cuidado com esse respeito entre um parlamentar e outro”, finalizou.