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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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Cena de horror

“Pelo amor de Deus, não mata a minha mãe”: menina de 12 anos pulou no pescoço do pai para tentar impedir feminicídio

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

“Pelo amor de Deus, não mata a minha mãe”: menina de 12 anos pulou no pescoço do pai para tentar impedir feminicídio
Uma menina de 12 anos, filha da técnica de enfermagem Franciele Robert da Silva, de 33 anos, assassinada a facadas, na noite do último domingo (05), no bairro Jardim Glória 1, em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá), pulou no pescoço do pai, identificado como Junior dos Santos Igesca, e tentou enforcá-lo para evitar que ele assassinasse sua mãe. Sem forças, ela não conseguiu e viu a vítima ser esfaqueada múltiplas vezes, enquanto gritava: “Pelo amor de Deus, não mata a minha mãe”.


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A menina, que presenciou todo o crime, relatou em seu depoimento à Polícia Civil que viu o momento em que seu pai pulou o muro da residência e em seguida partiu para cima dos que lá estavam com uma faca nas mãos.
 
O irmão dela, também menor de idade, correu para outro local, enquanto que ela e a mãe saíram gritando para dentro do quarto. Como não havia chave na porta, elas colocaram uma cama, na tentativa de impedir a entrada do assassino. Enquanto a menina segurava o móvel, a vítima ligava de forma desesperada para a polícia.
 
O avô da menina, do lado de fora do quarto, tentou impedir que o homem entrasse, mas acabou sendo esfaqueado. A menor conta que conseguiu ouvir o idoso gritando: “Socorro, para com isso, Júnior”. Ele está internado em estado grave.
 
Depois disto, o assassino conseguiu bater com o pé na porta e abri-la. Imediatamente, ele entrou no quarto e foi para cima da técnica de enfermagem. A menina de 12 anos pulou no pescoço do pai e tentou enforcá-lo, para evitar que ele pegasse sua mãe. Porém, isso não foi suficiente para detê-lo.
 
O homem então deu facadas na cabeça da vítima e continuou a apunhalá-la na região do peito, depois que ela caiu na cama. Aos gritos, a menina pedia “pelo amor de Deus, não mata a minha mãe”.



No pedido de prisão, o delegado Olímpio da Cunha Fernandes Jr., da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), classificou o local do crime como uma “cena de horror”.  
 
Franciele estava separada do suspeito e tinha uma medida protetiva em virtude das ameaças que ele já havia feito contra ela e os filhos.
 
Após cometer os crimes, o suspeito se feriu e disse que havia tentado contra a própria vida. Ele foi socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e, depois de atendido no Pronto-socorro de Várzea Grande, foi encaminhado pela Polícia Militar até a DHPP.
 
O autor dos crimes foi autuado em flagrante por feminicídio e tentativa de homicídio. O delegado Olímpio da Cunha Fernandes Jr. encaminhou representação ao Poder Judiciário pela conversão do flagrante em prisão preventiva, que deverá ser analisada na audiência de custódia.
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