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TRAGÉDIA EM CACHOEIRA

Após morte de aluno, Mauro lembra pedido de estadualização do Parque de Chapada e critica União: “não investiu e não nos deixou investir”

19 Dez 2021 - 14:03

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Vinicius Mendes

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Após morte de aluno, Mauro lembra pedido de estadualização do Parque de Chapada e critica União: “não investiu e não nos deixou investir”
Após a morte do adolescente Daniel Hiarle Arruda de Oliveira, de 14 anos, e a notícia de que desde o dia 23 de novembro não há mais exigência de que visitações ao Circuito das Cachoeiras, em Chapada dos Guimarães, sejam feitas com a presença de um guia turístico, o governador Mauro Mendes (DEM) lamentou o fato de o Estado não ter tido a autorização por parte do Governo federal para administrar o parque ecológico.


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O adolescente morreu afogado na Cachoeira da Prainha, no dia 6 de dezembro, durante passeio escolar.
Mauro lembra que em agosto visitou o presidente Jair Bolsonaro (PL) e apresentou o plano de estadualização do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, recebeu a informação de que o pleito não poderia ser atendido, pois em abril o local foi colocado no Programa Nacional de Desestatização (PND), para permitir que a iniciativa privada possa executar serviços públicos como visitação e conservação do espaço.

A privatização, no entanto, não ocorreu e nem tem previsão para acontecer. Sendo assim, o parque continua sendo administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

“Fizemos um pleito para que tivéssemos o controle daquele parque. Verbalmente eles negaram, dizendo que iriam fazer a privatização, estão falando isso há três anos e até agora não aconteceu”, afirmou, nesta segunda-feira (13).

Fizemos um pleito para que tivéssemos o controle daquele parque. Verbalmente eles negaram, dizendo que iriam fazer a privatização, estão falando isso há três anos e até agora não aconteceu

Ainda de acordo com Mauro, até o projeto para investimentos no Véu de Noiva continua travado, mesmo coma a autorização dada ao Governo estadual em agosto.

“Não sei se a privatização vai acontecer no próximo ano, o fato é que o governo federal não investiu e não nos deixou investir ali, pois nem o projeto da Véu da Noiva foi autorizado para seguirmos em frente. A gente lamenta, pois é um parque que sobre a nossa tutela seria muito melhor, teríamos todo o interesse de investir, pois o turismo na Baixada Cuiabana é uma das fontes de renda que podemos construir para os próximos anos. O Parque é um atrativo de grande potencial, mas de baixa infraestrutura, o que acaba não potencializando (o turismo)”, declarou.

A autorização para fazer investimentos estruturais no parque foi dada por meio de um termo de cooperação firmado entre a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e o ICMBio. Os investimentos englobam o Complexo Véu de Noiva, com a construção de estrutura com escadas, elevador e passarelas para conferir a cachoeira de perto; e a entrada do parque.

Estrutura do parque

Conforme reportagem publicada pelo Fantástico neste domingo (12), além da falta de um guia turístico, o grupo da Escola Estadual Professor Welson Mesquita de Oliveira era maior do que o permitido para a cachoeira.

No dia da excursão, pelo menos 30 alunos estavam na cachoeira ao mesmo tempo, sendo que o ponto turístico tem capacidade de 24 pessoas. Conforme o delegado da Polícia Civil Alexandre da Silva Nazareth, ainda não se sabe o que realmente aconteceu no local.

Ainda na reportagem, o major Emerson Henrique Acendino, do Corpo de Bombeiros Militar, o local tem solo desigual, cachoeiras, pedras escorregadias que oferecem risco para os visitantes. O ICMBio disse que o parque tem estrutura adequada, com sinalização no local e indicações de acesso e que, por isso, a visitação autoguiada é permitida em algumas das trilhas da unidade.

Ainda de acordo com o ICMBio, a escola respeitou a regra de um monitor para cada dez alunos. Já a direção da unidade escolar declarou que a recomendação era de um profissional para cada grupo de 15 alunos. As investigações, no entanto, apontam que era seis monitores para os 72 alunos.
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