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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Cabeças d'água são imprevisíveis e podem acontecer mesmo sem chuva rio abaixo; saiba como identificar

Foto: Reprodução / Instagram

Cabeças d'água são imprevisíveis e podem acontecer mesmo sem chuva rio abaixo;  saiba como identificar
Com período chuvoso, as cabeças d´água começaram a serem vistas com mais frequência. Em Mato Grosso, dois casos do fenômeno foram gravados, sendo um deles no distrito de Bom Jardim, no município de Nobres, e outro em Vila Bela da Santíssima Trindade. O professor de Climatologia do Departamento de Geografia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), doutor Rodrigo Marques, explica que elas são imprevisíveis e podem acontecer mesmo sem chuva rio baixo.


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“As cabeças d’água ocorrem quando temos um aumento repentino no nível dos rios, causado geralmente por uma chuva intensa na sua cabeceira ou em áreas acima, fazendo com que a água se concentre como uma enxurrada e avance como se fosse uma onda rio abaixo. É um evento difícil de se prever, mas que está associado a ocorrência de fortes chuvas, e que em questão de segundos eleva muito o nível da água”, disse ao Olhar Direto.

“Há alguns indicadores que podem apontar que uma cabeça d’água está a caminho, como um aumento repentino (mesmo que ainda pequeno) no nível da água e na força da correnteza, muitas folhas e galhos descendo pelo curso d’água, mudança na turbidez da água (a água fica bem turva); e um barulho estranho ou diferente na parte mais alta do rio”, pontua.

No fim de semana, o desmoronamento de um bloco de pedras no lago Furnas, em Capitólio (MG), atingiu uma embarcação, matou 10 pessoas e deixou 32 feridos. Duas horas antes da tragédia que chocou o país, a Defesa Civil emitiu um alerta de cabeça d’água.

O professor explica também o que fazer o que fazer quando o fenômeno acontecer, mas salienta que não precisa de estar chovendo para a cabeça d’água se formar.

“Primeiro ponto é que no caso de chuvas na região, estes locais devem ser evitados, e no caso de estar em um rio onde se perceba que uma cabeça d’água esteja em curso, deve-se sair imediatamente da área e buscar um local seguro, de preferência mais alto para se proteger da água. Outra questão importante é que não precisa estar chovendo no local, a cabeça d’água se forma em função de chuvas fortes em áreas acima ou na cabeceira dos rios”.

Caso em Nobres e Vila Bela da Santíssima Trindade

Trilheiros que frequentavam a Cachoeira dos Namorados, no distrito de Bom Jardim, município de Nobres, foram surpreendidos por uma cabeça d’água neste domingo (9). 

Dois responsáveis pelo grupo de trilheiros teriam observado os primeiros sinais do fenômeno e conseguiram tirar todos a tempo do local. 
 
Já no Parque Estadual da Serra Ricardo Franco, em Vila Bela da Santíssima Trindade (520 quilômetros de Cuiabá), alguns turistas ficaram ilhados no domingo (2).

O grupo estaria realizando a trilha, quando teria sido avisado pelo guia turístico do fenômeno. Os turistas então se organizaram para tirar as crianças da água e todos conseguiram sair ilesos.
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