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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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Ministério pede que Mato Grosso realize estudos e identifique locais de risco para evitar tragédias como as de Capitólio

Foto: Mayke Toscano - Secom MT

Ministério pede que Mato Grosso realize estudos e identifique locais de risco para evitar tragédias como as de Capitólio
O Governo de Mato Grosso foi notificado pelo Ministério do Turismo para identificar e notificar áreas que são constantemente visitadas e podem causar risco para o público. A determinação se dá em âmbito nacional, principalmente após a catástrofe em Capitólio-MG, que deixou 10 mortos e vários feridos devido ao desmoronamento de rochas.


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A reunião aconteceu na segunda-feira (10) com todos os secretários de Estado e o ministro Gilson Machado Neto. O intuito principal é evitar novos casos de acidentes e catástrofes. Em Mato Grosso, segundo o secretário adjunto de Turismo, Jefferson Moreno, não há nenhuma área com problema. 

Inclusive, há um estudo de 2012 com supervisões em outros anos, que poderá subsidiar o estado no momento da apresentação nacional. Um estudo do Serviço Geólogico do Brasil também avalia as áreas mais delicadas de cada estado e que merecem atenção por receber muitos turistas diariamente. Em Mato Grosso, as áreas estão em Chapada dos Guimarães, Morro de São Geronimo e áreas de cachoeiras. 

"A apuração faz parte de uma série de medidas que estão sendo tomadas para dar mais segurança à prática do ecoturismo no Brasil. Em Mato Grosso, nosso relatório já está pronto. Não temos nenhuma área com problema ou alerta. Apenas vamos aguardar o laudo do Serviço de Geologia para dar o próximo passo, conforme determinado pelo Ministério do Turismo", disse Jefferson ao Olhar Direto

Atualmente, apesar de não ter nenhum estudo que comprove risco para turistas em áreas visitadas, o secretário alerta que nenhum passeio de trilha ou turismo com aventura sejam feito sem guia ou condutor de turismo. 

"Não adianta dizer que porque conhece a área que vai fazer o turismo sozinho. Tem que ter guia e ou condutor. Por isso não se aventure. Em Vila Bela da Santíssima Trindade, por exemplo, um grupo de pessoas foi passear nas cachoeiras sem guia e sem condutor e pegaram uma tromba d'água. Ai teve que ir bombeiro, teve que ir salvadores para tirarem eles de lá. Por isso a gente ressalta. Não faça nenhum tipo de turismo de aventura ou trilha sem guia turístico. Eles são treinados para evitar lugares com perigo", orientou o secretário. 

Professor alerta

Com o desmoronamento em Minas Gerais, que provavelmente está ligado a uma cabeça d’água, professor de Climatologia do Departamento de Geografia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), doutor Rodrigo Marques, explica quais são os locais de maior risco.

“As cabeças d’água costumam ocorrer em rios mais estreitos e escavados na rocha, com margens que possuem paredões próximos. Essa formação mais estreita com bordas elevadas, facilita o aumento repentino do volume de água, então, todos os locais que apresentam estas características podem registrar a ocorrência, como Chapada, Nobres, Jaciara, São Vicente, assim como as demais áreas de serras e chapadas de Mato Grosso”, diz.

“Importante lembrar que no ano de 2008 por exemplo, houve deslizamento de paredão próximo a cachoeira do Véu de Noiva com vítimas. Mais do que evitar estes locais, esta tragédia ocorrida em Minas Gerais pode acender um debate que foi relegado por muito tempo, que é a importância do monitoramento destes paredões, tendo em vista que ao longo de anos, eles vão dando sinais de que o deslizamento ou queda podem ocorrer. Em períodos como este que estamos vivenciando com muita chuva, estes locais devem ser evitados”, alerta. 
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