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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Devendo R$ 23 mil, estudante cuiabana com nome negativado no FIES comemora nova MP de renegociação

Foto: Arquivo Pessoal

Devendo R$ 23 mil, estudante cuiabana com nome negativado no FIES comemora nova MP de renegociação
Julieth Gonçalves Imiani, de 32 anos, se inscreveu no Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES) para cursar Gastronomia na Universidade de Cuiabá (Unic), Polo Pantanal, em dezembro de 2012. O sonho, porém, se tornou um pesadelo após a conclusão da sua formação. Sem emprego, a cuiabana deixou de pagar as mensalidades do financiamento e teve o nome negativado em R$ 23 mil em 2018.


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“Eu devo ter pago umas quatro parcelas, mas não consegui dar continuidade. Eu não estava trabalhando, tive uma gravidez bem no começo de pagar as parcelas. A primeira coisa a ser suspensa foi o pagamento das parcelas. A prioridade era minha filha”, conta Julieth. 

A sua história não é única e se soma a dos mais de um milhão de estudantes com atrasos superiores a 90 dias, segundo dados do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). No total, estima-se que o montante total das dívidas em atraso alcance R$ 6,6 bilhões no país todo. 

“Já fui várias vezes na Caixa pra tentar renegociar,  porém nunca tive retorno. Hoje meu nome está negativado em um valor alto,  sem possibilidade de quitar a dívida total à vista”, comenta a cuiabana, que atualmente é funcionária pública municipal. 

Segundo ela, como gastrônoma formada, teve muita dificuldade para se inserir no mercado de trabalho e, por isso, não atuou na área. Apesar disso, Julieth tentou procurar emprego para poder quitar as mensalidades do financiamento, até que primeira gravidez mudou seus planos. 
 
Após se formar em Gastronomia, a cuiabana não conseguiu se inserir no mercado de trabalho para pagar as mensalidades. (Foto: Arquivo Pessoal)

“O curso em si não tem um teto salarial para o profissional gastrônomo. Ao se formar você tem que correr muito atrás para ao menos ser um chefe de cozinha. Eu tentei arrumar serviço, mas por engravidar não consegui mesmo, aí com isso foi só acumulando”, relata a servidora. 

Na época, o marido era o único da casa que trabalhava e os gastos foram direcionados para a compra de alimentos e gastos com as contas de luz e água. Com a chegada da filha, o pagamento das mensalidades teve que ser riscado do apertado orçamento da família. 

Ainda assim, Julieth esclarece que reconhece o FIES como uma oportunidade boa em sua vida. Através dele foi possível concluir a graduação. A queixa está direcionada especificamente às formas de pagamento, principalmente, em situações como a que ela enfrentou, que fogem do planejamento.

“Me atrapalha muito, não consigo fazer e nem comprar nada no meu nome”, reclama a servidora ao defender que o Ministério da Educação deveria ter adotado uma forma para que os alunos inadimplentes conseguissem regularizar a sua situação financeira, antes que o valor tivesse atingido patamares tão altos quanto o dela, atualmente por volta de R$ 23 mil. 

“Uma oportunidade para os alunos que devem o FIES ter uma facilidade a mais pra poder pagar, abrir uma aba de renegociação, alguma coisa assim pra todo mundo poder tentar limpar o nome”, sugere. 

No dia 30 de dezembro, o Governo Federal editou a Medida Provisória (MP) 1090/21 que concede o abatimento de até 92% em dívidas do FIES.  A MP contempla Julieth, porque se aplica aos alunos que aderiram ao programa até o segundo semestre de 2017. "Já vou procurar pra limpar meu nome​", comemora a estudante.
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