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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Gilberto nega erro em vacinação de crianças e diz que denúncia busca atrapalhar campanha de imunização

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Gilberto nega erro em vacinação de crianças e diz que denúncia busca atrapalhar campanha de imunização
O secretário de Estado de Saúde Gilberto Figueiredo afirmou que a denúncia feita pela Advocacia-Geral da União (AGU), de uma suspeita de que milhares de crianças e adolescentes teriam sido vacinados com doses para adultos no Brasil, é uma ação para dificultar a operacionalização da campanha de imunização contra Covid-19 no Brasil. Segundo ele, não há provas de que isso tenha acontecido, e o mais provável é que tenha havido erros ao lançar as informações no sistema do Ministério da Saúde.


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Na última quarta-feira (19), um levantamento feito pela Advocacia Geral da União (AGU) com base em dados da Rede Nacional de Dados da Saúde apontou que 615 crianças de 0 a 11 anos foram imunizados de maneira errada em Mato Grosso. O número, no entanto, pode passar de três mil, caso seja confirmado que os 2.918 adolescentes de 12 a 17 anos também foram imunizados com a vacina da Pfizer destinada a adultos. A vacinação dessa faixa etária estava liberada desde o segundo semestre do ano passado, diferente das crianças menores.

Para Gilberto, é necessário cautela para analisar os dados. “Primeiro que ela não envolve apenas o estado de Mato Grosso, envolve 26 estados e o Distrito Federal. Todos têm apontamentos dessa natureza, como se tivessem efetuado a aplicação de uma dose de vacina não pediátrica em um público que careceria de uma dose especial. Vale se ressaltar que o conjunto das informações da CGU para fazer essa relação aponta para mais de 3,7 milhões de doses que de alguma maneira teriam sido utilizadas de forma equivocada das quatro vacinas”, alerta.

O secretário explicou que muitos dados de vacinação, principalmente em municípios afastados e comunidades sem internet, são anotados manualmente. Diante de cinco milhões de registros, é possível que tenha ocorrido erro humano ao catalogar datas de nascimento e idade. Outro fator importante é a instabilidade do sistema do Ministério da Saúde.

“O sistema, inúmeras vezes, está em instabilidade, nós tivemos um apagão aí, já estamos em um apagão de mais de 30 dias sem sequer saber qual é o número da cobertura vacinal do estado, porque o sistema não funciona, está fora do ar”, lembrou Figueiredo. Para o secretário, ainda, é ‘quase impossível’ que os erros tenham acontecido, visto que a vacinação só acontece após nota técnica do Ministério e da Secretaria de Estado, resolução da Comissão de Intergestores Bipartite (CIB) e capacitação dos operadores.

Por fim, o gestor esclareceu que, caso haja uma exceção em que realmente tenha sido aplicada vacina errada, também existe um protocolo para lidar com isso, assim como em toda campanha de imunização. “O gestor precisa alimentar um outro sistema, que é um sistema que controla reações adversas efeitos colaterais, não só da vacina da Covid, essa regra existe para todas as vacinas. Um percentual muito baixo pode ter a possibilidade de ter uma reação adversa, e aí tem toda a nota técnica, explicação de como proceder neste caso. Não há registro no país de que nenhuma criança vacinada na campanha da Covid tenha vindo a óbito”, completou.

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