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Sábado, 20 de abril de 2024

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Mãe de aluna autista reclama de descaso na volta às aulas: 'sem equipe de apoio, enfermeira e merendeira'

Foto: Arquivo Pessoal

Mãe de aluna autista reclama de descaso na volta às aulas: 'sem equipe de apoio, enfermeira e merendeira'
A mãe de uma aluna autista denuncia que a Secretaria de Educação do Estado de Mato Grosso (Seduc-MT) está desrespeitando a comunidade escolar da Escola Estadual de Educação Especial Livre Aprender, no bairro Areão, em Cuiabá. Entre as queixas envolvendo a terceirização dos serviços na unidade, a reclamação aponta a falta de estrutura no início do período letivo de 2022, que aconteceu nesta segunda-feira (7). 


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“O ano escolar começou com falta de merendeira, equipe de apoio, pessoas para limpeza e profissionais de enfermagem. Nossos filhos requerem um profissional desse na escola para caso ocorra situações como ocorreu no ano passado. Uma aluna teve crise convulsiva e os profissionais que estavam lá não souberam como lidar com ela”, reclama ao Olhar Direto Dilma Camargo, de 54 anos, mãe de Laís Camargo, aluna do E.E. Educação Especial Livre Aprender diagnosticada com grau severo de Transtorno do Espectro Autista (TEA). 

Dilma diz que a Seduc-MT não disponibilizou transporte escolar para todos aqueles alunos que necessitam de apoio para se dirigir até a unidade escolar. Segundo a mãe, essa necessidade já havia sido exposta para a pasta, que disse que iria atender a demanda, porém, até o momento nada foi feito. 

“Nós tivemos vários embates, nós estivemos várias vezes na Seduc-MT e por vezes o secretário [Alan Porto] disse que iria atender às nossas reivindicações, só que as aulas começaram ontem e de tudo aquilo que tinha sido deliberado, apenas uma pequeníssima parte foi cumprida”, declara Dilma referindo-se a uma portaria especializada que contrata profissionais para atuarem na escola da filha. 

Outro ponto discutido entre a comunidade escolar e a Seduc-MT, que também não foi atendido, é a contratação de professores no período contraturno (vespertino). Dilma esclarece que a unidade escolar desenvolve projetos especiais para os alunos durante a tarde.

“Nós temos alunos que não tem condição de participar desses projetos, então necessitaria de professores, isso foi prometido mas até hoje não foi cumprido”. 

A mãe revela que várias mudanças têm sido implantadas na unidade escolar da filha desde 2020. Estas alterações, porém, conforme ela conta, não foram positivas e, além disso, não respeitaram a consulta à comunidade escolar. Desta forma, o processo foi criticado pelos pais das crianças.

“Dentro de uma gestão democrática, a escola, hoje, não é um universo sozinho. Ela não é composta apenas por diretor, por funcionários e professores. Existe toda uma comunidade escolar a qual, através do conselho deliberativo, participa da vida da escola, deliberando e consultando”, comenta. 

Entre as modificações, está a terceirização do serviço de alguns dos profissionais que atuam dentro da unidade escolar, que Dilma destaca como principl fator para a precarização do serviço. Além disso, ela revela, que a Seduc-MT pretendia reduzir a carga horária da escola, que atualmente é integral, para meio-período. 

“Até isso eles queriam, fazer com que a escola funcionasse meio período. Significa precarização porque estes profissionais terceirizados, hoje, recebem menos. Agora você imagina um profissional desse cuidando de um aluno que requer toda atenção e cuidado”, enfatiza. 

“Isso é um direito dos nossos filhos. Não é nenhuma benesse. Nós somos pessoas que trabalhamos e pagamos os nossos impostos. Nós queremos vê-lo devolvido a nível de serviço e serviço de qualidade”, finaliza. 

O que diz a Seduc 

A reportagem entrou em contato com a Seduc-MT que se manifestou por meio da seguinte nota:

O transporte escolar está disponibilizado para a unidade escolar especializada.  A equipe gestora informou ao setor de transporte da Seduc que estava trabalhando apenas no período matutino e, por isso, os pais não estão enviando os filhos.

A equipe gestora informou também que os profissionais que vão trabalhar no período vespertino já foram atribuídos, mas não compareceram na escola.

O setor de transporte da Seduc aguarda o sinal verde da equipe gestora para poder enviar os ônibus e fazer a locomoção dos estudantes até a escola especializada. 

 
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