O Cuiabá se juntou ao Athlético (PR) e outros oito clubes em um grupo (Forte Futebol) para discutir os projetos de uma nova liga, que seria gerida por empresas e substituiria o Campeonato Brasileiro, atualmente comandado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A intenção, conforme comunicado divulgado nesta quarta-feira (16), é analisar e responder de forma uníssona todos os assuntos relacionados com os rumos do futebol no país.

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Os clubes deixaram claro que as 'vagas' não estão fechadas e convidaram aos outros da elite para que também se juntem. Além de Cuiabá, compõe o grupo: América (MG); Atlético Goianiense; Athlético (PR); Avaí; Ceará; Coritiba; Fortaleza; Goiás e Juventude.

"Com as novas possibilidades de investimentos, tanto nos clubes brasileiros como também nas competições, têm surgido interessados no mercado dispostos a gerir e administrar uma Liga de Clubes no país. Um assunto que nós já vínhamos há alguns anos trazendo ao debate e buscando a adesão de todos. Como nunca tivemos uma instituição de classe forte e unificada, não foi possível", diz trecho do comunicado.

Ainda segundo a nota, para se construir algo sólido, é preciso conhecer melhor o terreno. Por isso, é necessário ter o máximo de informações possíveis. 

"Os clubes brasileiros, que são os principais interessados em participar de uma liga forte, devem se unir. Por isso estamos criando o grupo Forte Futebol, para analisar e responder de forma uníssona todos os assuntos relacionados com os rumos do futebol brasileiro. É um grupo aberto, sem sócios-fundadores, em que todos os participantes terão voz", aponta outro trecho.

O objetivo do grupo, conforme o comunicado, é ter know-how de análise e comparar as propostas na mesa com os modelos existentes no mundo. "Buscamos também empoderar a nossa voz, para nos sentirmos representados e darmos nosso parecer em quaisquer discussões sobre o assunto".

"O grupo não está fechado, o clube da Série A que quiser vir somar forças, será muito bem recebido e terá vez e voz no mesmo nível dos demais. O importante é estarmos seguros, saber para onde estamos indo e impedir que projetos excludentes ou de aventureiros sigam adiante", finaliza.

Nova liga

As empresas LiveMode e 1190 apresentaram uma proposta de US$ 800 milhões (R$ 4,2 bilhões) para assumir a parte comercial de 20% da Liga do Brasileiro.

“A LiveMode e a 1190 confirmam que estão apresentando aos clubes das Séries A e B uma proposta firme de investidores financeiros para viabilizar a estruturação comercial da Liga Nacional de clubes”, diz nota das empresas divulgada pelo UOL.

Antes, a empresa Codajas Sports Capital apresentou uma proposta para gerir a liga e captar R$ 5,5 bilhões para compra de direitos. A captação do investimento será pelo BTG.

A 1190 tem os direitos internacionais do Brasileiro e a LiveMode é responsável pela negociação dos direitos do Campeonato Paulista e da Copa do Nordeste.