Além de confirmar que vai compor com o governador Mauro Mendes (União), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que seu candidato ao Senado em Mato Grosso será o já senador Wellington Fagundes, também do PL. Ao justificar a decisão, o capitão da reserva afirmou que a pré-candidatura do parlamentar já é um acordo do partido e ele não pretende interferir nisso.

Leia também:
Bolsonaro diz que superou atritos com Mauro e confirma composição para eleições: "vamos tocar o barco"

A declaração, aparentemente, põe fim a celeuma criada em torno do apoio presidencial na disputa pelo Senado. É que Bolsonaro já havia se comprometido com o deputado federal José Medeiros (PL), que sonhava em retornar ao Senado. Além disso, o PP de Neri Geller se sentiu no direito de também pleitear as bênçãos do presidente, por conta da fidelidade do pré-candidato, que não temeu desgaste ao encabeçar pautas polêmicas relacionadas ao meio ambiente.

Além disso, o PTB, que pretende lançar o presidente da Aprosoja Brasil, Antonio Galvan, também pleiteou o apoio e, assim como o PP, buscou convencer Bolsonaro a manter neutralidade na eleição. Postura que não deve ser seguida.

Ao falar de Wellington, Bolsonaro explicou que há situações que ele não pode mudar dentro do partido. "Quando falo em Senado, temos dois estados em que nossos senadores são do PL. Temos Rio de Janeiro e Mato Grosso. Então, obviamente é Wellington ai (em Mato Grosso) e Romário no Rio de Janeiro. Eles têm prioridade e o direito de ir à reeleição", disse, durante entrevista à Rádio Metrópoles FM, nesta sexta-feira (29).

Na ocasião, Bolsonaro aproveitou para elogiar a atuação de Wellington. "A gente nem discute que em Mato Grosso tem alguém melhor do que Wellington. Para mim, Wellington é importantíssimo no Senado, tem votado com a gente em tudo, tem um excelente entendimento entre nós. Para o Brasil, o que ele vota no Senado, é excelente. O partido está fechado e eu não entro nessa questão. Eu fui para o partido, conversei com Valdemar e a sigla tem seus compromissos".

O presidente ainda comentou o fato de alguns apoiadores questionarem algumas alianças que tem feito em determinados estados. Faz comparativo com a situação em que decide abrir mão de assistir a jogo do Palmeiras ou Botafogo para acompanhar a esposa no shopping e manter o casamento, para dizer que na política nem sempre se tem como fazer o que realmente deseja.

"Nem tudo é como a gente quer, como a gente gosta. Na política não dá pra fazer tudo que a gente acha de melhor", pontuou.