A quadrilha investigada pela Polícia Federal (PF) responsável por levar cocaína do Brasil para Portugal planejava arrecadar dinheiro de um jogador de futebol, que aceitasse investir no tráfico de drogas. As informações estão no inquérito aberto em 2020 aberto contra o grupo criminoso.
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A ideia surgiu de Ricardo Agostinho, um dos suspeitos que foi preso na Operação Descobrimento, realizada no dia 19 de abril pela Polícia Federal. Ricardo contou ao lobista Rowles Magalhães que iria se reunir com um jogador de futebol para captar investimentos para o crime organizado.
“Amanhã vou fazer uma reunião com um jogador de futebol daqui e o empresário, querem entender “nosso negócio” e colocar grana. Ele tem muita grana, é meu amigo, joga no time líder do campeonato daqui, já jogou no Cruzeiro, Corinthians… O cara tem muito”, afirmou Ricardo Agostinho, que na época estava em Salvador, na Bahia.
Rowles responde positivamente ao escrever: “Vamos com tudo”. Em seguida, Ricardo pede fotos do hangar de onde partiria a aeronave, em Jundiaí (SP), para Salvador. Rowles conta a Ricardo que pensou também em um negócio “Top”.
Magalhães contou ao colega que planejava fechar um contrato anual para a remessa de cocaína para a Europa, com três voos por mês.
“A gente fazer um puta contrato com o GORDO, entendeu, pro ano inteiro, no nome, já fazer pra até pra dar pancho pra nós pra poder negociar... Pense nisso daí, você vai entender... eu não quero falar muito por telefone, mas vê e entende aí, tá bom? Já faz um contrato do ano inteiro de 3 viagens/mês, tá bom?”, afirmou Rowles.
.jpg "Traficantes alvos da PF tentaram atrair investimento de ex-jogador do Corinthians:")
