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Empresário do tráfico pretendia expandir rede de postos de combustíveis em Cuiabá para mesclar dinheiro irregular

16 Mai 2022 - 10:50

Da Redação - Fabiana Mendes / Da Reportagem Local - Bruna Barbosa

Foto: Olhar Direto

Delegado informou que o dinheiro irregular era mesclado aos ganhos dos postos.

Delegado informou que o dinheiro irregular era mesclado aos ganhos dos postos.

Investigação da Polícia Federal apurou que o empresário Tiago Gomes de Souza, conhecido como Baleia, de 36 anos, pretendia expandir seus negócios e assim continuar a lavagem de dinheiro decorrente do tráfico de drogas entre Mato Grosso e a Bolívia. A ideia chefe do grupo criminoso era de gerenciar uma rede de postos de combustíveis na região metropolitana de Cuiabá.


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O esquema foi desmantelado na operação Jumbo, deflagrada na manhã desta segunda-feira (16), que mira uma organização criminosa responsável por movimentar pelo menos R$ 350 milhões com lavagem de capitais. Foram expedidos pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá, oito mandados de prisão preventiva, 29 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de patrimônios dos investigados que chegam a R$ 60 milhões.

Dos alvos, quatro seriam empresários. Esse núcleo era o responsável pela parte de lavagem de dinheiro através de postos de combustíveis e conveniências, enquanto outros faziam a parte do núcleo de logística do tráfico de cocaína, principalmente com uso de ‘mulas’ na região de fronteira.

Com apoio da do setor de inteligência da Polícia Militar e do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), foram apreendidos dois carregamentos de drogas, totalizando 210kg de cocaína.

“A partir da quebra de sigilo bancário, telemático, levantamento de campo, e colaboração de informantes, a Polícia Federal conseguiu identificar que o núcleo empresarial tinha total vinculação com o núcleo dos traficantes”, informou o delegado Jorge Vinícius Gobira Nunes, em coletiva de imprensa na sede da PF.
 
Os valores adquiridos através do tráfico de drogas eram mesclados aos ganhos regulares dos postos de combustíveis e conveniências, para dificultar que a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) notasse alguma irregularidade.

“Havia uma mesclagem. O dinheiro ilícito era mesclado aos ganhos dos postos. Foram identificadas as pessoas que detinham as principais funções na organização criminosa e elas estão sendo objetos de mandados de busca e mandados de prisão na data de hoje”, pontuou.

A investigações continuam e a PF ainda acredita que possa existir outras pessoas no mesmo nível hierárquico de Tiago Gomes de Souza, o principal investigado, preso no condomínio Alphaville.

Ele teria comprado os postos Jumbo e Atalaia, ambos localizados na Rodovia Palmiro Paes de Barros, para lavar o dinheiro do tráfico. A PF também investiga uma negociação em um posto da avenida Miguel Sutil.

Durante buscas na casa de Tiago, os agentes da PF encontraram R$ 40,6 mil em espécie, joias, aparelhos celulares e documentos. 
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