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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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polêmica das pChs

Hidrelétricas no rio Cuiabá vão inundar área de 6 mil campos de futebol, aponta documentos

Foto: Foto: FCA/Maturati

Área que será alagada com a construção das hidrelétricas

Área que será alagada com a construção das hidrelétricas

As seis Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) que podem ser construídas no rio Cuiabá poderão inundar uma área equivalente a 5.990 campos de futebol. De acordo com documentos obtidos pela reportagem do Olhar Direto, as PCHs vão inundar no total uma área de 42,77 quilômetros quadrados. 


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Alvo de polêmica na Assembleia Legislativa (ALMT), a construção das hidrelétricas no rio foi assunto de debate nos últimos meses. O Legislativo estadual aprovou uma lei que proíbe a construção de usinas no rio. O texto aguarda para ser apreciado pelo governador Mauro Mendes (União). 

De acordo com a Ficha de Caracterização da Atividade (FCA) elaborada pela empresa, as PCH’s Guapira II, Iratambé I, Iratambé II, Angatu I, Angatu II e Perudá Montante serão construídas ao longo de 190 km de extensão do rio, começando a partir da confluência do rio Cuiabá com o rio Manso (divisa entre os municípios de Nobre e Rosário Oeste) até a ponte Mário Andreaza, na cidade de Cuiabá.

A ideia inicial da empresa que pretende responsável pelo projeto, a Maturati Participações S.A., era de construir 7 hidrelétricas. A PCH Guapira I foi excluída do projeto inicial entregue pela Maturati aos órgãos responsáveis. 

“Observação: devido aos resultados das análises de aproveitamento hidrelétrico e de impactos ambientais apresentados no inventário, a PCH Guapira I, localizada à jusante das demais, foi excluída do presente empreendimento”, diz trecho da ficha de caracterização. 

Impactos

Documentos da empresa indicam que não será grande o impacto das PCHs. Ainda conforme a FCA, as hidrelétricas serão construídas no chamado “arco das nascentes”, região de morros onde nascem rios que abastecem o Pantanal. 

“A bacia do rio Cuiabá faz parte da região hidrográfica do rio Paraguai e pertence a uma divisão desta região conhecida como BAP - Bacia do Alto Paraguai. A BAP é formada por duas grandes áreas: a Planície Pantaneira e o Arco das Nascentes. Na Figura 1 apresentamos a diferenciação do relevo destas áreas, com as maiores elevações do Arco das Nascentes em destaque. O Complexo Hidrelétrico em questão encontra-se na área do Arco das Nascentes, importante manancial de águas para a manutenção ecológica da Planície Pantaneira, porém, menos sensível às alterações do que a planície de inundação”, diz outro trecho do documento. 

                                                                                                                        Localização de cada PCH que pode ser construída

De acordo com a análise prévia feita pela Maturati na região do projeto, não haverá interferência direta do empreendimento em áreas especiais como unidades de conservação, áreas de preservação, terras indígenas e terras quilombolas. 

“Porém, como território que será ocupado pela área de inundação e pela APP a ser criada nas margens dos reservatórios, detectamos ser necessária a supressão de vegetação nativa e mata ciliar em alguns trechos da margem do rio Cuiabá. Em compensação, observando o mapa de usos do solo da Figura 5, nota-se que a maior parte da área atingida pelo empreendimento constitui-se de pastagens ou de áreas já alteradas pela ação antrópica”, diz outro trecho da ficha. 

                                  Empreendedores alegam que hhidrelétricas serão construídas no arco das nascentes e que por isso terão menos impacto
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