O casal Cláudio e Karla Bizoli percorre o mundo “caçando” estádios de futebol, para conhecer os seus respectivos serviços de acessibilidade para cadeirantes. Advogado, Cláudio precisa se locomover com cadeira de rodas desde o ano de 2000, quando foi baleado nas costas durante uma briga. Na época, ele chegou acreditar que não teria mais condições de fazer viagens e explorar novos lugares, até que conheceu Karla, em 2007.
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Então, em 2013, fizeram a primeira viagem do casal, para Argentina, onde visitaram o La Bombonera, do Boca Juniors e depois o Monumental, do River Plate. Este foi o pontapé inicial do casal que buscava perder o medo de viajar e, hoje, os dois se classificam como “caçadores de estádios de futebol”. A bordo de sua cadeira de rodas, Cláudio viaja sempre acompanhado por Karla e ambos já visitaram mais de 130 estádios, em quase 20 países diferentes.
Olhar Direto conversou com o advogado que está em Cuiabá para acompanhar o jogo entre Cuiabá e Bragantino, na Arena Pantanal.
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“A gente já fez muitas viagens sem ir a estádios, não era o que a gente buscava. Mas depois que fomos nos primeiros, na Argentina, não paramos mais”, disse Cláudio.
Já passaram pelo Parc de Princes, Stanford Brigde, Colo Colo, Raja Casablanca, Copenhagen, Southampton, Hajduk Split e F.C. Koper, dentre outros da lista. Agora, o casal chega na capital do Mato Grosso para assistir o jogo entre Cuiabá e Bragantino, na Arena Pantanal.
No projeto “Desbravando o Brasil”, eles já rodaram por 14 estados do país e agora chegam no 15º, que será o 9º estádio da Copa do Mundo que eles conhecerão. Além da Arena, vão visitar o Dutrinha e o Dito Souza, em Várzea Grande.
A ideia dos caçadores é desbravar os estádios e analisar os espaços acessíveis para os cadeirantes, pois é comum acontecer problemas para a acessbilidade, como por exemplo má vontade dos funcionários, ausência de rampas, chuvas, e a falta de estrutura no geral.
"Os novos estádios são todos tranquilos quanto a isso, mas os antigos têm muito para melhorar. Por isso estamos viajando para mostrar acessibilidade, mostra os funcionários, coloca no instagram e recebemos muitos feedback de cadeirantes perguntando sobre acessibilidade dos estádios”.
“A gente fica muito feliz quando recebe vídeo, feedback positivo porque os caras realmente foram aos estádios porque dizemos que é acessível”, acrescentou.
Por fim, Cláudio pontuou que a vida é curta, que a hora de superar os obstáculos é agora. “porque a vida não está difícil só para o cadeirante, está difícil para geral que tem seus obstáculos para superar”, finalizou.
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