O Cuiabá Esporte Clube terminou o ano de 2021 em 15º colocado no campeonato Brasileiro, apresentando bom desempenho esportivo e aumento de receitas. Por outro lado, os custos elevados , aumento nos investimentos e geração negativa de caixa lhe renderam uma dívida total de R$ 12 milhões. No mesmo ano, a receita total, corrigida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de R$ 63,7 milhões, enquanto as despesas e custos alcançaram R$ 66,3 mi.
Os dados são do “Relatório Convocados – Finanças, Histórias e Mercado do Futebol Brasileiro 2021” - publicado nesta semana pela XP Investimentos, em parceria com a consultoria Convocados - que analisou os detalhes das receitas, custos, dívidas, possibilidade de alavancagem, investimentos esportivos dos times brasileiros nos anos de 2019, 2020 e 2021.
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Com o acesso à elite do futebol nacional, o Dourado experimentou um aumento expressivo em suas receitas. Em 2020, quando ainda estava na série B, a receita total corrigida foi de R$ 22, 1 milhões. Em 2021, na primeira divisão, saltou para R$ 63,7 milhões, que representa aumento de R$ 41,6 mi.
Mesmo com o incremento nas receitas, os custos e despesas para se manter na elite foram de R$ 66,3 milhões, causando um prejuízo de R$ 2,6 mi ao time.
Houve também crescimento com publicidade e patrocínio. Sobre os direitos de transmissão, o Auriverde arrecadou R$ 11 milhões em 2020 e no ano seguinte, expressivos R$ 39 milhões. Tratando de Publicidade e Marketing, saltou de R$ 8,8 mi em 2020 para R$ 22 milhões em 2021.
O relatório também publicou que houve arrecadação de R$ 6,2 milhões com Bilheteria e Sócio torcedor em 2021. Em 2019 e 2020 não arrecadou.
Embora tenha aumentado as receitas, consta nos dados do relatório que os custos pra jogar a Série A cresceram consideravelmente, o que fez com que a geração de caixa fosse negativa, gerando uma dívida total de R$ 12 milhões ao Dourado, em 2021. Em 2019, não obteve dívida e, em 2021, teve R$ 1 mi.
O relatório
Os objetivos do relatório da XP com a Convocados visam entender as finanças, conhecer as características da relação entre clubes, torcedores e o mercado consumidor, além de fazer trabalho com os números reais da indústria, fundamentais ao momento de transformação vivido pelo futebol brasileiro, com os SAF, Liga e a profissionalização de fato do esporte.
Diante disso, em mais de 200 páginas de conteúdo, foram analisados os dados de mais de 600 equipes do mundo todo. Isso permitiu observar o destino do futebol brasileiro, e qual o melhor caminho para cada clube percorrer. Foi elaborada também uma análise 360º de como olhar o esporte, permitindo entender como o futebol no país pode se equiparar aos gigantes clubes mundiais.
