Aliados de primeira hora de Mauro Mendes (UNIÃO) se reuniram na sede do União Brasil, nesta quarta-feira (27), e decidiram encaminhar pela coligação oficial com o PL de Jair Bolsonaro, o que automaticamente inviabilizará a ideia de palanque aberto para candidaturas ao Senado. A decisão oficial, porém, será dada pelo próprio governador, que no momento acompanha a primeira-dama Virginia Mendes em São Paulo para tratamento de saúde.

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Participaram da reunião o ex-senador Cidinho Santos, o senador Jayme Campos, o presidente do União em Mato Grosso, Fábio Garcia, todos do UB, e a deputada estadual Janaina Riva (MDB). Segundo a emedebista, a pressa no fechamento definitivo da chapa se dá em função da preocupação dos aliados em iniciar a campanha.

“Para nós, deputados estaduais que estamos hoje dentro da base do Governo, esse desconforto com a falta de decisão ta trazendo reflexos e impactos para todos nós. Tem prefeito, vereador, lideranças nos ligando o dia inteiro para saber, nos cobrando. A gente quer celeridade nisso, porque tá todo mundo doido pra ir pra rua e começar a trabalhar. Entendemos o momento pelo qual o Mauro está passando, é difícil ter a presença dele aqui, mas a gente espera que o quanto antes ele retome essas negociações, para que a gente possa definir de uma vez por todas essa coligação”, disse Janaina.

Após a reunião, o União Brasil encaminhou uma nota via assessoria de imprensa na qual dizia aguardar o retorno de Mauro Mendes e que a definição final será dada pelo próprio governador. A nota afirma ainda que a chapa segue em aberto, tanto com relação aos cargos de vice e de senador, e que nos próximos dias o diálogo será intensificado com os demais partidos que compõem a base.

No entanto, além das lideranças citadas acima, somente Wellington Fagundes (PL) foi convidado para a reunião. Além disso, após o encontro, a ideia de palanque aberto voltou a ser rechaçada pelo grupo.

Nesta segunda-feira (25), Mauro Mendes disse em entrevista que a proposta de palanque aberto segue em discussão. Além disso, o deputado federal e cacique do MDB, Carlos Bezerra, afirmou que a conjuntura se tornou uma condição “unânime” dos partidos aliados.

A expectativa é de que até sexta-feira (29) Mauro Mendes tenha resolvido esse quebra-cabeça. A dificuldade maior, segundo fontes próximas do grupo, é com relação aos partidos que irão compor a coligação oficialmente, o que implica em tempo de propaganda eleitoral e principalmente recursos de fundo partidário.

“O meu desejo é que o MDB esteja na coligação e naturalmente essa chapa tem uma candidatura ao Senado. Eu falei desde o início que eu não concordava com essa situação de palanque aberto, não só pelo Wellington, mas porque acho que o governador tem que escolher um dos três. Desde que eu me entendo por criança um palanque é formado por um governador, um vice, seu senador e dois suplentes. Eu espero que seja isso que se defina pra gente ir pra rua pedir voto”, pontuou Janaina Riva.