Tentando acordo com a Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB) para ter a primeira-dama Márcia Pinheiro (PV) como primeira-suplente, o deputado federal Neri Geller (PP) avalia que estar num palanque sem candidatura ao Governo estadual não enfraquece seu projeto ao Senado.

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A possibilidade se deve ao fato de até agora o grupo de esquerda não ter definido um nome para enfrentar o governador Mauro Mendes (União) nas urnas. A federação chegou a convidar Márcia para disputar o Paiaguás e deixar a suplência de Neri. O progressista, no entanto, bate o pé e diz que a chapa com a esposa do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) está consolidada.

O pré-candidato aposta na força de Márcia na Baixada Cuiabana para alcançar eleitorado que até agora não tem acesso. “Não enfraquece (candidatura). Tenho uma base muito sólida no interior, tenho números internos que mostram. Tenho que fortalecer e já cresci muito em Cuiabá, com esse movimento que fizemos, preciso de uma base forte aqui em Cuiabá. Se consolidar a candidatura da Márcia na primeira-suplência, vou para a eleição para ganhar.

Apesar de afirmar que seu foco é construir sua candidatura ao Senado, Neri aceitou o pedido da federação, para que ajude a construir um nome viável ao governo. É que o grupo afirma que caso não surja tal candidato (a), Márcia é quem deve assumir o desafio.

E as movimentações de Neri começaram ainda na tarde desta quinta-feira (28), quando se reuniu com a também pré-candidata ao Senado Natasha Slhessarenko (PSB) e conversou sobre a possibilidade de ela disputar o Paiaguás, levando em consideração o fato de, nacionalmente, o PSB estar na chapa de Lula (PT).

Palanque aberto

Nos bastidores ainda está viva a possibilidade de Neri estar no palanque de Mauro, que irá buscar a reeleição e estuda não coligar com partidos que terão candidatos ao Senado, para poder receber apoio de mais um postulante. Assim, poderia abrigar, além de Neri, Natasha e o senador Wellington Fagundes (PL).

Neri, no entanto, afirma que a construção de sua candidatura alinhada com a de Mauro não prosperou. “Nós estávamos construindo alinhado com o governador, não prosperou a candidatura alinhada ao governador, pois o Mauro tem uma ideia de lançar dois ou três candidatos na chapa dele, fica muito bom pra ele. Estou cuidando da minha candidatura ao senado há seis meses”.

“Eu nunca atrelei minha candidatura a candidatura do Mauro. Não é porque eu estou num outro rumo que vou sair falando mal do governador. Ajudei o governador e foi muito”, concluiu.